Equipes da Força Nacional do SUS seguem atuando em Santa Rosa, Porto Acre, Brasileia, Xapuri, Sena Madureira e Assis Brasil. No total, 30 pessoas, entre médicos, enfermeiros e técnicos do grupo de resposta da Missão Acre e médicos voluntários do quadro da Sesacre, levam atendimento às vítimas das enchentes no Estado, avaliam as condições das unidades de saúde e entregam kits com medicamentos e produtos para desinfecção neste momento em que as famílias começam a voltar para casa. O Acre recebeu 10 kits desastre, que incluem medicamentos com capacidade para atender 500 pessoas durante três meses ou 1.500 em um mês, e vai receber mais 15 ainda esta semana.
Em Assis Brasil e Santa Rosa do Purus, todas as pessoas acolhidas em abrigos já retornaram para suas casas. Em Xapuri, 1,2 mil pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Acre. Desse total, 394 estavam em abrigos públicos. Apesar de o rio ter baixado seis metros desde a última sexta-feira, 24, ainda há risco de desabamento em algumas áreas da cidade que estão sendo monitoradas pela Defesa Civil e nem todas as famílias puderam deixar os abrigos.
Brasileia, proporcionalmente a cidade mais atingida com 95% do seu território alagado, tem a situação sob controle, segundo a avaliação da equipe de saúde. Kits com medicamentos e material de limpeza já começaram a ser entregues. Em Rio Branco, a coordenação do Samu mantém uma viatura no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, uma na UPA do Segundo Distrito e uma terceira que circula por todos os abrigos monitorando os tratamentos de saúde já iniciados.
Em Porto Acre, onde 80% do total de pessoas atingidas estão na zona rural, os grupos se revezam na distribuição de água e alimentos. Em alguns locais, a água entrou até oito quilômetros dentro da floresta obrigando ribeirinhos a se abrigarem em barcos. Com a produção agrícola, toda debaixo d’água, a distribuição de alimentos se tornou imprescindível. Além de voadeiras, as equipes já realizaram duas viagens de helicópteros para entregar mantimentos aos desabrigados pela cheia do Rio Acre. Uma equipe do FNSUS está atendendo as comunidades da região.
Com a vazante do Rio Acre aumenta também a preocupação com as doenças decorrentes das enchentes, como diarreias, leptospirose, as respiratórias, hepatites, febre tifoide, dengue e tétano, além de picada de animais peçonhentos, como escorpiões, cobras e aranhas. A Secretaria de Saúde e FNSUS elaboraram uma agenda de vacinação para as pessoas atingidas, e a Divisão de Vigilância Epidemiológica está treinando agentes de saúde do Programa Nacional de Imunização, Vigilância Epidemiológica e Ambiental, para promover as ações em conjunto com o objetivo de realizar acompanhamento diário e monitoramento de possíveis doenças.
“Parabéns às equipes pelas ações. A cada dia nos surpreendemos com a organização do governo e o empenho de todos”, disse a coordenadora do FNSUS, Maria da Conceição Mendonça Costa.