Produtores rurais

Uma nova era do Funagro leva mecanização agrícola aos pequenos produtores do Acre

Criado há cerca de 20 anos, o Fundo Agropecuário Estadual (Funagro) tem como principal objetivo ajudar pequenos produtores rurais com a mecanização agrícola de suas terras a um valor abaixo do mercado.

Bastante criticado nos últimos anos por sair desse padrão, a gestão do governador Gladson Cameli se esforça para que agora o programa viva uma nova era, com um novo modelo de funcionamento e chegando definitivamente aos produtores da agricultura familiar.

No começo do ano, a prioridade do governo foi encontrar e recuperar o maquinário agrícola pertencente ao Estado Foto: Odair Leal/Secom

Após meses de um longo trabalho de localização e recuperação do maquinário público pertencente ao Estado, a Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) pode finalmente iniciar em julho as atividades do Funagro. Os produtores que desejam a mecanização agrícola em suas terras podem marcar o aluguel das máquinas direto nos escritórios locais da Sepa presentes em cada município e agendar os serviços.

“O valor que era cobrado por hora, passou a ser por dia, gerando uma boa redução do preço para os produtores. Em contrapartida, o produtor tem que contratar o próprio tratorista e fornecer o óleo diesel para funcionamento da máquina. E quem tem a Declaração de Aptidão ao Pronaf ainda ganha 20% de desconto no aluguel, um incentivo que faz com que cheguemos realmente aos pequenos produtores”, destaca o secretário Paulo Wadt.

O secretário conta que dos 640 itens de maquinários do Estado, menos de 5% foram encontrados em condições de uso. Durante todos esses meses, a Sepa procurou parcerias com o próprio governo e prefeituras para recuperação das máquinas e determinou que a receita oriunda do próprio Funagro seja destinada a gerir as despesas dos serviços prestados pela Sepa, além de tentar recuperar mais máquinas para expandir os serviços e conseguir aumentar os atendimentos.

Produção que se expande

Produtores agradecem empenho do governo e elogiam novo modelo do Funagro Foto: assessoria Sepa

Até setembro, o alcance das ações do Funagro já haviam chegado em Assis Brasil, Acrelândia. Bujari, Sena Madureira, Capixaba, Epitaciolândia, Senador Guiomard, Porto Acre e Xapuri. Os principais produtos atendidos pela mecanização são milho, mandioca, café e pastagem.

A expectativa da Sepa é que um trator trabalhe oito horas por dia, atendendo duas propriedades rurais em turnos diferentes podendo beneficiar de 40 a 100 famílias produtoras por mês, dependendo da quantidade de maquinário disponível em cada escritório.

É o caso de Airton de Oliveira, produtor do ramal Campo Esperança, no município de Capixaba. As ações desenvolvidas por meio do Funagro tem facilitado o trabalho na área de 60 hectares de sua propriedade no plantio de milho e cuidado da pastagem para sua pequena criação de gado. Satisfeito com o novo modelo, ele comemora o apoio que simplifica o trabalho principalmente para o pequeno produtor.

“Para mim o Funagro hoje é sem defeito, com uma coordenação muito boa, tudo chegando na hora do necessário para o produtor e tem tudo pra, se continuar assim, ser um grande progresso no município de Capixaba, com tudo satisfatório como eu me encontro hoje. Tenho certeza que esse caminho vai dar certo. Eu agradeço pela oportunidade para caminharmos de mãos juntas”, conta Airton.

Programa pode atender de 40 a 100 famílias produtoras por mês, com planos para ser expandido ano que vem Foto: assessoria Sepa

Em Senador Guiomard, o produtor Pedro Nogueira da Rocha também aposta no milho para ter uma boa renda este ano. Com 27 hectares beneficiados pelo programa e vendo vizinhos também recebendo o suporte fica satisfeito com os resultados alcançados.

“Nós somos muito agradecidos ao Funagro que nos possibilitou alugar esse maquinário de trator e grade, além de um profissional que pudesse operar e a gente iniciar esse plantio de milho numa área que nunca havia sido mecanizada. Somos muito agradecidos a esse modelo novo de gestão do governo do Estado e que por causa disso temos agora nossa ingressão na agricultura”, relata o produtor.