Tião Viana abre seminário dos marceneiros e garante compras governamentais para o setor

Governador pede união dos pequenos para o crescimento das movelarias e reconhece importância do setor como gerador de emprego e renda

governador_encontro_com_marceneiros_sergio_vale_18.jpg
governador_encontro_com_marceneiros_sergio_vale_2.jpg

Tião Viana informou que em 30 dias vai enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei para garantir que as compras governamentais de móveis sejam feitas no Estado (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Emprego e salário são as duas palavras de ordem do governo Tião Viana. O setor de madeira e móveis é  que mais gera renda depois da construção civil, apesar de enfrentar algumas dificuldades para crescer. Cumprindo uma das promessas de campanha e com o compromisso de ajudar o desenvolvimento das marcenarias e movelarias, o governador reuniu mais de 400 trabalhadores da indústria de madeira e móveis de todas as regionais acreanas no auditório do Hospital das Clínicas nesta sexta-feira, 29.

Eles discutiram um programa para o setor moveleiro, incluindo questões como o licenciamento dos empreendimentos, acesso à madeira e compras governamentais. A falta de regularização de alguns empreendimentos dificulta o acesso à madeira legalizada. "E esse processo de regularização para o licenciamento, além de muito burocrático e complexo, envolve órgãos das esferas municipais, estaduais e federais, por isso se torna ainda mais complicado", explicou George Dobré, presidente do Sindicato da Indústria de Móveis do Estado do Acre (Sindmóveis).

"Eu lembro o tempo em que queriam derrubar a floresta para plantar soja e abrir pasto. Vejam quantos empregos são gerados numa fazenda ou numa plantação de soja. Com certeza são bem menos do que os postos de trabalho que podem ser criados mantendo as árvores em pé. A floresta pode nos dar muitas riquezas, desde que sejamos conscientes e saibamos utilizar os recursos. Emprego e salário é o que eu peço para vocês, e vocês são um setor forte, mas precisam de uma ajuda. É o que estamos fazendo aqui", disse o governador.

governador_encontro_com_marceneiros_sergio_vale_223.jpg

Mais de 400 trabalhadores estiveram reunidos com o governador Tião Viana para discutir programa para o setor moveleiro, incluindo questões como o licenciamento dos empreendimentos, acesso à madeira e compras governamentais (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Tião Viana informou que em 30 dias vai enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei para garantir que as compras governamentais de móveis sejam feitas no Estado, aquecendo o setor e garantindo a circulação de capital. "Mas eu não posso esperar meses por uma compra de duas mil carteiras escolares. Eu não quero ver esperteza no processo. Quero que os pequenos se unam para, juntos, serem capazes de cumprir o prazo. É assim que vamos crescer. Eu não quero ver um auditório como este em que estamos reformado e usando cadeiras de plástico, que são fabricadas em outros Estados. E também vou partir para as federações, pedindo para que se comprometam a também comprar seus móveis aqui no Acre", disse Tião.

O prefeito Raimundo Angelim se comprometeu a reunir os 22 prefeitos e, junto ao governo do Estado, propor uma lei de âmbito estadual para facilitar o trabalho das marcenarias. "Depois temos que ir a Brasília lutar por novas mudanças. Não é  possível o Conselho Nacional de Meio Ambiente [Conama] fazer uma lei sem conhecer as especificidades dos municípios. Nós criaremos uma legislação que olhe para as nossas dificuldades", disse Angelim.

"O Tião Viana prometeu em campanha, e agora, que é governador, está cumprindo. Nós queremos fazer o nosso trabalho, mas não conseguimos ter acesso à madeira. Este seminário é promessa de campanha e estamos aqui para discutir os problemas de Feijó, de Tarauacá e de todos os marceneiros e moveleiros que só querem poder trabalhar para garantir a sobrevivência", destacou Marcos Humel, presidente do Sindicato dos Marceneiros, da Regional Tarauacá/Envira.

Jota Loureiro, ex-presidente do Sindmóveis, que morreu em fevereiro deste ano, foi homenageado durante a solenidade de abertura. A família do moveleiro e sindicalista pediu que a categoria continue o sonho dele, se una e lute por melhorias para o setor.

"O Estado está pegando na mão das marcenarias e movelarias, de cada um, e dizendo: nós precisamos de vocês para desenvolver a economia, para gerar emprego e renda para os nossos trabalhadores. Há um jeito de fazer as coisas do modo certo e este jeito que estamos buscando aqui. Eu vi no olhar de cada um o sentimento de revolta por todas as dificuldades que enfrentam, e sei que são grandes, mas estamos aqui propondo um programa, que vocês vão construir com o Governo, para facilitar a vida de vocês", disse a deputada federal Perpétua Almeida.


Galeria de imagens

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter