Tecnologias ajudam colégios militares durante a pandemia

Inovar e criar. São ações fundamentais desenvolvidas pelas escolas militares de Rio Branco para manter a qualidade do ensino durante a pandemia. Mesmo a distância, as equipes pedagógicas criam mecanismos de aproximar os alunos e manter o elo com a comunidade escolar.

No Colégio Militar Tiradentes (Cemet), por exemplo, que está sob a coordenação e supervisão da Polícia Militar do Acre (PMAC) e está localizado no bairro Calafate, bairro da parte alta da cidade, além dos aplicativos de mensagens já utilizados por outras  escolas, também oferece aos alunos uma plataforma que ajuda na socialização dos conteúdos.

Equipe do Colégio Tiradentes usou a criatividade para ensinar os alunos Foto: Stalin Melo

A escola militar funciona desde 2018. “Os supervisores que ligam para os alunos, para os pais, que fazem o contato com a família”, faz questão de dizer o subdiretor da escola, tenente Erivaldo Amaral.

O diferencial pedagógico utilizado pelos professores e gestores é a plataforma digital chamada Wakke, pela qual os conteúdos são repassados aos alunos. A supervisão da equipe de ensino da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) também tem sido fundamental durante a pandemia.

Vídeos no Youtube e postados na plataforma também ajudam. Mas como nem todos os alunos têm acesso a internet, a distribuição de materiais impressos foi mantida. De 15 em 15 dias, os pais se dirigem até a escola para pegar novos materiais e conteúdos para seus filhos.

E com a utilização de diversas ferramentas, acrescentando também o Google Meet, além das aulas na TV e rádio disponibilizadas pela SEE, o índice de evasão se aproxima de zero. “Para isso, o papel dos nossos supervisores, todos militares, tem sido fundamental”, explica o tenente Amaral.

Evasão quase nula

Outro colégio militar onde a evasão é quase nula é o D. Pedro II, localizado no residencial Santo Afonso, na BR-364, na saída para Porto Velho e que é coordenado e supervisionado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC). Isso é possível graças à busca ativa feita pela equipe gestora.

O tenente Jonatas da Costa Gomes, diretor do colégio, faz questão de explicar que as ferramentas digitais também são de fundamental importância para divulgação dos conteúdos e organização de toda a parte pedagógica adotada desde o início da pandemia.

Tenente Jonatas: “Nossa evasão foi praticamente nula” Foto: Stalin Melo

Por meio da plataforma Google Meet é possível divulgar os conteúdos e permite até mesmo que os professores deem aulas online para os alunos. Quem não tem acesso à internet, explica o tenente, não perde nada porque são disponibilizados materiais impressos.

“Com isso, a nossa evasão tem sido quase nula e a aceitabilidade da nossa metodologia de ensino adotada após o início da pandemia chega a 97%, porque quando o aluno não vai buscar o material, por exemplo, a escola vai até a casa dos alunos”, explica.

Tanto o Colégio D. Pedro II (foto) quanto o Tiradentes tem apenas três anos de funcionamento Foto: Stalin Melo

Além das boas notas, os alunos do D. Pedro II também conseguem bons resultados nas atividades propostas pela SEE. O colégio ficou em segundo lugar nos jogos escolares virtuais realizados este ano pelo Departamento de Esportes, o que garantiu uma premiação de R$ 4,2 mil em materiais esportivos.

Outro bom resultado do colégio, que assim como o Colégio Tiradentes possui apenas três anos (funciona desde 2018), é o quarto lugar geral no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em Rio Branco, com a nota 5,9. “Tudo isso sem falar na distribuição de alamares (peças do uniforme militar) e projetos que são desenvolvidos pelos alunos, como o MAP-Fire”, enfatiza o tenente Jonatas.

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