Socioeducandos iniciam curso de Ajudante de Obras

Adolescentes recebem todo o material do curso por meio do Pronatec (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

Adolescentes recebem todo o material do curso por meio do Pronatec (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

Inseridos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), 31 adolescentes privados de liberdade iniciaram nesta terça-feira, 30, o curso de Ajudante de Obras, com carga horária de 160 horas. O governo do Estado, por meio do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), fechou parceria com o Senai para garantir essa capacitação. As aulas estão sendo ministradas nos Centros Socioeducativos Aquiry e Santa Juliana, em Rio Branco.

O curso é dividido em módulos. No primeiro os socioeducandos entrarão na parte do meio ambiente. O segundo módulo aborda a tecnologia da construção civil e o terceiro trata dos elementos estruturais, que envolvem a base de uma obra.

De acordo com o professor Sostenes Souza, a meta do curso é formar um multiprofissional. “Ele deverá conhecer as áreas de infraestrutura, hidráulica, pintura, vedação, alvenaria, assentamento, telhado e eletricidade, entre outras que uma obra engloba”, afirma.

O curso é certificado pelo Senai e garante qualificação profissional na área da construção civil (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

Curso é certificado pelo Senai e garante qualificação profissional na área da construção civil (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

Para o diretor do Centro Socioeducativo Aquiry, Wilkerson Avilar, a maior dificuldade é a questão da documentação, material necessário para a matrícula dos adolescentes nos cursos ofertados. “Alguns desses meninos não possuem todos os documentos exigidos. Isso dificulta e atrasa a vida acadêmica e profissional dele. A equipe tem executado um trabalho árduo para que nenhum dos contemplados fique de fora”, explica o diretor.

Um dos socioeducandos, que não pode ter a identidade revelada, tem 18 anos. Entrou na unidade quando ainda era menor de idade. Ele conta que nunca teve medo do serviço e que trabalha desde criança. “Quero concluir este curso para que eu tenha outra escolha e não volte a fazer as mesmas coisas que me trouxeram até aqui [Centro Socioeducativo]. Já decidi que vou trabalhar como ajudante de obras até arranjar algo melhor”, determina.

O presidente do ISE, Henrique Corinto, comemora mais essa parceria. De acordo com ele, esse tem sido um dos seus principais focos na gestão: capacitar o socioeducando para formar um profissional, longe da criminalidade. “Ao término do curso, o adolescente estará qualificado e certificado para ingressar no mercado de trabalho. É uma ajuda imediata, que pode gerar renda”, relata Corinto.

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