Servidores da Segurança lotam salas de discussões na Conferência Estadual

Policiais e agentes tornam-se protagonistas desse debate que traz propostas importantes para nortear as políticas de segurança pública

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Policiais Militares participam do grupo de discussão (Foto: Assessoria SESP)

Os trabalhadores em Segurança Pública, representados em maior número por policiais Militares, optaram por participação quase que exclusiva pelo Eixo 4, dentro das discussões da 1ª Conferência Estadual de Segurança Pública, em andamento no auditório da Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO).

Esse eixo aborda em suas diretrizes, respostas ao fenômeno da criminalidade pautada por uma postura reativa. Questiona o atual modelo nacional onde as prioridades são investimentos apenas em viaturas, armamentos e aumento de efetivos policiais, expressando uma lógica de reação – resultados de pouco sucesso.

O debate deste grupo sugere que tal modelo alimenta o ciclo de produção e reprodução da violência, expondo os profissionais de segurança pública e as próprias comunidades.

Segundo os participantes, a proposta não é de que o governo abra mão da repressão, mas sim qualificá-la: dotá-la de estratégias, promovendo o uso regressivo da força e repressão policial a grupos sociais vulneráveis.

O Eixo 4 chama a atenção dos trabalhadores em segurança também pela defesa da Modernização da Ação Policial. Compreende o reconhecimento das especificidades dos tipos de trabalho exercido pelos policiais e, conseqüentemente, das necessidades de cada um. Isso inclui policiamento de proximidade, incremento da polícia técnico cientifica, aperfeiçoamento dos métodos de investigação criminal e perseguição.

Tal diretriz foi que chamou à atenção dos militares. Todos avaliam que a Conferencia é palco de discussões que até então eram tratadas no âmbito do alto escalão das corporações militares. Agora, com esta oportunidade eles atuam como protagonistas das discussões.

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