Serviço de Psicologia cria biblioteca móvel para pacientes da nefrologia

Sala de espera, e a hora que parece não passar. Nas máquinas de hemodiálise, esse tempo é ainda maior – quatro horas em uma rotina de pelos menos três vezes por semana. Esse é o dia a dia dos pacientes com insuficiência renal crônica ou aguda que precisam do tratamento hemodialítico para se manterem vivos.

Como forma de minimizar a ansiedade e o estresse do tratamento, e assim promover um maior bem-estar aos pacientes e acompanhantes durante as horas passadas no Setor de Nefrologia do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, o Serviço de Psicologia da unidade, em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), ampliou o projeto Mediação de Leitura, com a criação de uma pequena biblioteca na sala de espera.

Biblioteca móvel da nefrologia funciona dentro de um carrinho de supermercado (foto: Júnior Aguiar)

A Biblioteca Móvel, como é chamada, nada mais é que um carrinho, desses de supermercado, com várias opções de leitura. A inauguração oficial ocorreu na manhã desta quinta-feira, 22, na sala de espera da Nefrologia, e contou com a participação da equipe de Humanização da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa (SGA).

A psicóloga do setor de Nefrologia do HC, Joana D’arc, que também é supervisora de campo de estágio, conta como surgiu a inciativa. “A partir da mediação de leitura, que fazíamos individualmente, pensamos em uma forma de ampliar para contemplar também os acompanhantes que ficam na sala de espera por até quatro horas. Depois da implantação do carrinho de livros, tivemos um retorno muito grande, fortalecendo o vínculo terapêutico, criando um momento mais lúdico e menos estressante até pelo ambiente hospitalar”, destaca.

A psicóloga explica que os livros podem ser levados para dentro da sala de hemodiálise, proporcionando menos estresse durante as sessões. O paciente que não terminou a leitura pode levar o exemplar para casa. A Biblioteca Móvel é resultado de doações da equipe de psicologia e de estagiárias da Ufac, que contribuíram com o projeto. Quem tiver interesse também pode fazer parte da ação com a doação de livros.

Paciente escolhe livro na biblioteca móvel (foto: Júnior Aguiar)

“Os acompanhantes e familiares também ficam aqui fora aguardando as quatro horas em que o paciente está fazendo a hemodiálise. Então, o carrinho veio com essa proposta como opção de passatempo para eles também. Tudo foi pensado com o objetivo de oferecer um bem-estar e qualidade de vida aqui dentro para os pacientes e seus acompanhantes”, destaca Karla Guerra, psicóloga formada recentemente na Ufac que fez parte do projeto como estagiária.

O rondoniense Oriel Pereira, em visita ao pai no Acre, foi à unidade para dar continuidade às sessões de hemodiálise, que não podem ser interrompidas, e adorou a iniciativa. “Um acolhimento diferente. Gostei da opção. Já escolhi até um livro que vou levar para a sala de hemodiálise. Com certeza vai fazer o tempo passar mais rápido e aliviar a pressão do tratamento”, conta.

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