Serviço de extensão rural completa 46 anos no Acre

Assistência rural completa 46 anos (Foto: Angela Peres/Secom)
Assistência rural completa 46 anos (Foto: Angela Peres/Secom)

Seja em comunidades indígenas, seja em propriedades rurais de Rio Branco ou nos municípios mais distantes e de difícil acesso, os serviços de assistência técnica e extensão rural precisam chegar. E é assim que tem sido ao longo de 46 anos no Acre.

Sempre com base no desenvolvimento da produção familiar, esse trabalho é realizado pelo governo, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater).

Com suas ações estreitamente ligadas à Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), a Emater é essencial por fazer a intermediação entre elaboração de projetos e acesso ao crédito rural para a área de produção.

Assim, a instituição possui técnicos em atuação em centenas de projetos de assentamento e comunidades de todo o estado.

Ramais, estradas e rios já foram encarados para levar assistência técnica às comunidades (Foto: Arquivo Secom)
Ramais, estradas e rios já foram encarados pelo extensionista Marcos Góes, para levar assistência técnica às comunidades (Foto: Angela Peres/Secom)

Filho de produtor rural, o atual diretor-presidente da Emater, Idésio Franke, fala com orgulho de estar à frente desse trabalho. “É muito gratificante ver os cerca de 300 servidores todos empenhados, sendo que aproximadamente 140 são extensionistas rurais. Assim, nós temos visto os avanços na área da produção e o aumento da renda das famílias envolvidas com nossos projetos”, frisou.

No Acre, a Emater tem, além de sua central em Rio Branco, mais 28 escritórios espalhados nos municípios. De acordo com Franke, as capacitações para extensionistas são essenciais para o fortalecimento de todas as atividades.

Desde 2010, o formato de assistência foi reformulado, com a criação de uma nova lei que permite que empresas privadas realizem esse tipo de trabalho. Dessa forma, além de captar recursos como empresa, a Emater também participa de licitações públicas.

Entenda o processo

No Acre, as atividades começaram em 1968, com a Associação de Crédito e Assitência Rural do Acre (Acar-Ac). Depois, surgiram mudanças institucionais, com a transformação de Acar para Emater, que em seguida ficou subordinada à Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal (Seater), que hoje é a Seaprof desde 2007. Assim, os serviços da Emater incorporam as ações de fomento da secretaria.

O Acre no passado e o Acre hoje, segundo extensionistas rurais

O extensionista Ademir Batista acompanhou todo esse trabalho realizado no Acre (Foto: Angela Peres/Secom)
O extensionista Ademir Batista acompanhou todo esse trabalho realizado no Acre (Foto: Angela Peres/Secom)

Um diálogo que se constrói com a comunidade. Nisso se fundamenta o trabalho de extensão rural. Foi depois de muitas conversas e reuniões entre pequenos proprietários rurais e extensionistas que o Acre passou a ter a criação de associações, que nesses anos vêm dando forma ao desenvolvimento de cadeias produtivas de diversos segmentos, como a borracha, a castanha, o manejo da madeira e derivados, o leite, a farinha, as frutíferas e o café, entre outras.

“Isso sem se falar no artesanato e na piscicultura, nas redes de frangos e de suínos qualificadas, na melhoria dos nossos ramais. Olhar tudo isso sob uma ótica de que há mais de 40 anos nós éramos basicamente extrativistas, é fantástico!”, destaca o extensionista Batista.

Para organizar as comunidades, foi um processo de muita luta. De acordo com o extensionista responsável pela região de Assis Brasil, Marcos Góes, foi uma luta que só fortaleceu o serviço prestado no estado. “Chegar à comunidade, conhecer a realidade e envolver as famílias no projeto é o mais difícil, mas ver o grau de retorno tem sido o mais satisfatório”, afirma.

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