SEPMulheres leva orientação para vítimas da cheia

Mulheres abrigadas no Sest/Senat fazem roda de conversa sobre a violência doméstica (Assessoria SEPMulheres)
Mulheres abrigadas no Sest/Senat fazem roda de conversa sobre a violência doméstica (Assessoria SEPMulheres)

Mulheres abrigadas no Sest/Senat fazem roda de conversa sobre a violência doméstica (Assessoria SEPMulheres)

Na terça-feira, 24, uma equipe da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) esteve no abrigo localizado no Sest/Senat para uma roda de conversas com as mulheres que tiveram suas casas invadidas pela cheia do Rio Acre, em Rio Branco.

“Estão abrigadas aqui 96 famílias. São cerca de 370 pessoas que estão aprendendo a conviver umas com as outras. E tendo uma orientação e atividades, a convivência acaba se tornando melhor”, disse a coordenadora do abrigo, Sílvia Letícia Oliveira.

A coordenadora de Direitos Humanos da SEPMulheres, Joelda Pais, explicou que a intenção é falar da boa convivência e orientar sobre a questão da violência contra a mulher, principalmente a sexual.

Durante a conversa, as mulheres  perguntaram e tiraram dúvidas. Muitas conhecem alguém que foi vítima de violência doméstica e querem saber como agir. Elas ouviram a história da mulher que deu nome à Lei Maria da Penha. “A maioria ouviu essa história pela primeira vez, e trazer uma informação que elas não conheciam nos faz acreditar que deixamos uma mensagem que realmente poderá ser usada”, disse a assessora jurídica da SEPMulheres, Ariadne Santos.

“Hoje soube de coisas que não sabia que eram possíveis como, por exemplo, a medida protetiva. Conhecer nossos direitos é muito importante, pois assim sabemos o que fazer e podemos orientar nossas filhas e filhos”, disse Daniela Oliveira do Nascimento, de 26 anos.

Meirilane Pinto de Souza, 30 anos, está há nove dias no abrigo com os dois filhos e o marido. Para ela, todo tipo de orientação é importante em um momento como esse. “As pessoas vêm aqui com muita vontade de nos ajudar, e conseguem. É importante a gente saber que alguém se preocupa conosco. E saber o que nós, mulheres, podemos fazer em uma situação de violência é algo que não podemos dispensar”, disse ela.

“Esse é o nosso papel. Vamos fazer o que for possível para ajudar as famílias atingidas pela cheia. Seja com informações, orientações ou trabalho mais pesado, como também estamos fazendo no Parque de Exposições. Queremos somar, contribuir para que o sofrimento dessas pessoas seja amenizado. A equipe da SEPMulheres não vai medir esforços”, garantiu a secretária Concita Maia.