Seaprof discute com produtores alternativas para trabalhar a terra sem o uso do fogo

Produtores em Bujari adotaram a mucuna-preta ao invés do fogo e obtiveram bons resultados no plantio

 Veja o video 
 Alguns já não queimam há cinco anos e afirmam que os custos com mão de obra diminuíram. Na reportagem de Sandra Assunção e Jair Alves, veiculada na TV Aldeia, podemos ver mais detalhes do trabalho dos técnicos da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) com a implantação dos roçados sustentáveis.

Na última quinta-feira, 7, o Governo do Estado do Acre ,através da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) realizou uma visita de campo com técnicos e produtores rurais do baixo e alto Acre, no projeto Espinhara, município de Bujari, no intuíto de intensificar o Plano de reincorporarão de solos ao processo produtivo com o uso da leguminosa mucuna-preta.

Iniciado há 5 anos, o programa de utilização da mucuna-preta, mostra resultados animadores. Ela supre a necessidade de nutrientes da terra, após a colheita, devolvendo-os ao solo naturalmente, através do processo de decomposição, sendo assim uma boa alternativa para a não utilização do fogo tradicionalmente utilizado na agricultura das populações amazônicas.

É praticamente inexistente o uso do fogo em áreas onde o produtor adotou a leguminosa, obtendo maior produção e, consequentemente, preservando o meio ambiente. Duas mil famílias distribuídas em todas as regionais já trabalham com este processo alternativo no Estado e a intenção é dobrar este número até 2009. Para isso, o Governo do Acre se prepara para comprar 100 toneladas de mucuna-preta que serão repassadas aos produtores.

A visita de campo tem por finalidade mostrar na prática aos produtores que ainda não aderiram ao sistema de adubação verde, que é possível reduzir significativamente os índices de desmates e queimas, garantindo ao produtor permanência na propriedade, produzindo com quantidade e qualidade.

O produtor Luiz Severino Saraiva, um dos pioneiros na utilização da mucuna-preta como forma de combate ao fogo no assentamento Espinhara, garante que quem aderir ao uso desta tecnologia jamais se arrependerá, pois existem ganhos na produtividade com a safra normal e a safrinha e o trabalho de cultivo do roçado é bem mais rápido, alem de não agredir o meio ambiente.

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