Saiba como funciona a rede de saúde mental no Acre

CAPS AD III é uma das unidades que compõe a rede de atenção à saúde mental (foto: Júnior Aguiar)

O acesso e a promoção de direitos das pessoas que necessitam de cuidados na saúde mental, desenvolvida a partir da articulação de ações para diferentes níveis de complexidade. Essa política vem se consolidando no Acre, com serviços ofertados na rede de atenção por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

O gerente do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dape), João Paulo Silva, explica que a rede de atenção psicossocial parte do mesmo princípio de cuidado como da atenção básica e explica a descentralização do atendimento, visando maior comodidade aos pacientes.

“O que temos defendido como política pública, e até pela comodidade do usuário – que é o foco do gestor em saúde -, é que o paciente tenha um cuidado em território, que não venha enfrentar filas, não pegue ônibus para ir a lugares distantes da sua casa em busca de atendimento”, explica João Paulo, referindo-se ao movimento para potencializar as unidades de referência da capital.

Hoje, no Acre, a rede de saúde mental conta com ações na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS AD III), leitos de saúde mental no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e consultório de rua com a unidade móvel de saúde para atendimento de pessoas com transtorno mental e situações recorrentes do uso de álcool e drogas.

Além disso, o fluxo de descentralização paras as Unidades de Referência da Atenção Primária (Uraps) já vem se efetivando. Pacientes mais graves, com crises psiquiátricas (esquizofrenia, depressão grave, síndromes do pânico e transtornos como bipolar e psicótico), são atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Além de atender pessoas com transtornos mentais, esses espaços acolhem usuários de álcool, crack e outras drogas, como forma de readequar a estrutura da assistência à saúde mental, antes excludente e opressiva em manicômios.

“Existe um mito de que o louco, como muitas vezes são chamados, é perigoso, é incapacitado permanentemente. Isso não existe. Na verdade, as pessoas que entram em surto, em crise, precisam de um aparato de cuidados, assim como um hipertenso que entra em crise e pode ter um acidente vascular cerebral [AVC], um infarto e até ir a óbito. Portanto, todas as pessoas que necessitam dos serviços de saúde mental, a rede de atenção psicossocial tem um componente para cada necessidade”, esclarece a gerente da Divisão de Saúde Mental da Sesacre, Márcia Aurélio Pinto.

Saiba onde procurar ajuda

URAP São Francisco – Rua Joaquim Macedo, 26, São Francisco, telefone: 68 3223-9480;

URAP Cláudia Vitorino – Rua Baguari, Taquari, telefone: 68 3221-4717;

URAP Roney Meireles – Rua Arara, 132, Adalberto Sena, telefone: 68 3223-2329;

URAP Augusto Hidalgo Lima – Rua Tião Natureza, 271, Palheiral, telefone: 68 3225-6495;

URAP Rosângela Pimentel – Estrada do Calafate, Calafate, telefone: 68 3225-6585;

URAP Eduardo Assmar – Rua Salim M. Farhat, Quinze, telefone: 3221-0925;

Policlínica Barral y Barral – Rua São Lázaro,  Tangará, telefone: 68 3226-6402.

 

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