Rio Tarauacá recua e não preocupa mais

Todas as 59 famílias desabrigadas retornaram a suas casas

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A vazante do rio permitiu que todas as famílias pudessem retornar a suas residências (Foto:Sérgio Vale)

A cheia do rio Tarauacá não preocupa mais os habitantes da região. Neste domingo, 13, à tarde, o nível do rio era de 4,75 metros, situação bem diferente da que aconteceu no domingo anterior, 6, quando o nível das águas chegou a 8,78 metros.

A vazante do rio permitiu que todas as famílias pudessem retornar a suas residências. Nenhuma família ainda ocupa os abrigos temporários no município. Até quarta-feira da semana passada, o capitão do Corpo de Bombeiros José Guimarães Ferreira conta que 59 famílias (268 pessoas) estavam desabrigadas na creche municipal e na escola estadual João Ribeiro. 2.709 famílias foram atingidas em quatro bairros.

A situação mais complicada foi registrada no bairro Geraldo Pompeu, mais conhecido como "Bairro da Praia", apelido colocado pelo fato de as residências terem sido construídas em uma região em que o rio Tarauacá forma uma praia nas proximidades do centro da cidade. Ali, 100% das famílias residentes foram atingidas. Os outros bairros afetados são Triângulo, Bairro Novo e Ipepaconha.

O capitão Ferreira conta que a vazante já torna visível até o surgimento de algumas praias. “Esperamos que a situação continue assim, mas no sábado choveu bastante no Jordão, embora a situação por lá também esteja tranqüila.” O Corpo de Bombeiros continua de prontidão e preparado para acionar a qualquer momento o plano de chamada, caso a situação fique preocupante.

O Corpo de Bombeiro de Tarauacá tem poder de mobilizar cerca de 120 pessoas em situação de emergência, entre Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), prefeitura de Tarauacá e voluntários.

A Secretaria de Saúde do Estado acionou os profissionais do Hospital de Tarauacá para qualquer situação de emergência além do horário normal de trabalho e já acionou a Vigilância Epidemiológica para orientar a população sobre os riscos de doença após a vazante do rio. O governo do Estado e a prefeitura querem evitar o surgimento de doenças como a leptospirose, que infecta as pessoas que mantêm contato com a água contaminada. Hepatites, infecções intestinais e de pele, e verminoses também acontecem em maior número em situações de contato com a água contaminada.

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