Acre no Comitê Diretivo do GCF

Representante do Governo do Estado é eleita para comitê diretivo dos Estados da Amazônia Legal

Representantes de nove estados da Amazônia Legal estiveram reunidos desde o último dia 31 em Palmas, no Tocantins, para o encontro da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta (GCF Task Force). Durante o evento, a diretora executiva do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Julie Messias, foi eleita como coordenadora executiva no Comitê Diretivo do GCF dos Estados da Amazônia Legal, para o biênio 2019/2021, com o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira.

O Comitê Diretivo é a instância de assessoramento direto dos governadores. De acordo com o secretário executivo do GCF-TF no Brasil, Carlos Aragon, isso significa, no âmbito do GCF, a necessidade de aprimorar, fortalecer essa plataforma para poder atender as demandas que têm sido lançadas pelos governadores.

“O Comitê Executivo do GCF tem um papel central nesse processo tendo em vista que é nessa instância onde são tomadas as decisões estratégicas e definidas as ações prioritárias. Julie Messias, representante do Governo do Acre, é uma das eleitas e tem a missão de levar essas demandas e negociar com as outras regiões que são membros do GCF nessa redefinição de rumos e fortalecimento”, explicou Aragon.

“O Acre é um membro fundador do GCF e tem a missão de integrar ainda mais os esforços de desenvolvimento da Amazônia. Esse será meu papel no Comitê: integrar”, enfatizou Julie.

Ao lado do presidente do IMC, professor Carlito Cavalcanti, a diretora executiva da instituição, Julie Messias, apresentou a experiência do estado do Acre com o Programa REM Foto: Cedida

Representando o Acre, a diretora executiva do IMC, Julie Messias, apresentou a experiência do estado com o Programa REM, que premia os esforços na redução do desmatamento, dividido em subprogramas (Território da Pecuária Diversificada Sustentável, Território da Produção Familiar Sustentável e Território indígena).

Ao fim de sexta-feira, 2, foi encerrada a 18ª edição do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, com a realização da 2ª edição do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que culminou na elaboração da Carta de Palmas que elenca as próximas ações e preocupações com o desmatamento ilegal na Amazônia Legal. “Os governadores manifestam firmemente a preocupação com o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia Legal e ratificam o compromisso institucional de buscar mecanismos reais que garantam o desenvolvimento sustentável da região”, explica trecho da carta.

O que é o GCF

O GCF é uma força-tarefa formada por 38 estados e províncias do Brasil, Colômbia, Indonésia, Costa do Marfim, México, Nigéria, Peru, Espanha e Estados Unidos. O GCF também conta com parcerias de instituições nacionais, internacionais, bem como do setor privado, sociedade civil e povos indígenas para a construção de uma forte rede para o desenvolvimento de baixas emissões nas regiões de florestas tropicais do planeta.

A força-tarefa foi proposta na Califórnia, nos Estados Unidos. O Acre é um dos estados-membros fundadores. Em 2014 sediou o encontro anual, onde foi assinada a Declaração de Rio Branco, documento que estabelece um pacto entre os estados subnacionais e para reduzir os impactos do clima. Juntos os estados-membros representam 32% das florestas tropicais do mundo, e são responsáveis por 25% das emissões de gás do efeito estufa na atmosfera.