Programa de aquisição de uniformes recupera indústrias de confecções no Acre

Desde que o governador Gladson Cameli, ainda em 2019, anunciou importantes programas para a Educação do Acre, diversos setores têm saído da crise e ajudado a alavancar a economia do estado. Entre eles está o de confecções, um dos que mais têm crescido no último ano.

Os números são animadores. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do Acre (Sincom), o empresário Abraão Figueiredo, “o governador Gladson Cameli praticamente ressuscitou nossas indústrias”.

Ele tem razão. Para se ter uma ideia, o setor empregava pouco mais de 1,5 mil funcionários. Atualmente são mais de três mil.

Programa de aquisição de uniformes beneficia mais de 150 mil estudantes. Foto: Mardilson Gomes/SEE

E tudo isso se tornou possível depois que o governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), criou o programa de aquisição de uniformes escolares para mais de 150 mil alunos da rede pública estadual. Como a aquisição prevê dois conjuntos de uniformes por aluno, são mais de 300 mil unidades produzidas.

“Esse projeto do governo do Estado mais do que incentivou a indústria de confecções no Acre, na verdade ele nos salvou”, diz o empresário. Abraão lembra que várias malharias estavam na informalidade, mas com o incentivo do governo puderam, a partir de então, participar das licitações.

“Para você ter uma ideia de como estava a nossa situação, não tínhamos mais do que 15 malharias em operação no estado antes de o governador lançar o programa de aquisição de uniformes. Agora, são mais de 30 malharias credenciadas participando das licitações, e para 2021 queremos chegar a 40, porque as expectativas são muito boas”, disse.

Programa de aquisição de uniformes salvou as empresas de confecção. Foto: Stalin Melo

Nem mesmo a pandemia, que atingiu diversos setores da economia Brasil afora, tirou o bom ânimo dos empresários. “Nós acreditamos nesse programa do governo e temos na confecção de uniformes escolares o nosso principal nicho, que tem gerado renda para os trabalhadores e também muitos empregos”, afirmou.

Mais máquinas para trabalhar

O programa de aquisição de uniformes gerenciado pela SEE tem o diferencial de beneficiar os empresários do setor, sejam eles pequenos, médios ou grandes. Até mesmo as cooperativas saem ganhando com as encomendas que são realizadas pelo governo do Estado.

Entre essas cooperativas está a cooperativa Além do Uniforme, que tem à frente Socorro Jesus. Com oito cooperadas, ela existe há cinco anos e até então, segundo Socorro, as costureiras nunca tinham tido a experiência de pegar uma grande demanda. “Mas este ano surgiu a nossa oportunidade”, relata.

Socorro Jesus: “Quem quer trabalhar está tendo chance”. Foto: Stalin Melo/SEE

A partir dos incentivos dados pelo governo, as cooperadas tiveram a oportunidade de legalizar a documentação e até mesmo fazer empréstimos para aquisição de insumos e máquinas. “A gente não tinha capital, então fizemos empréstimo para comprar o maquinário suficiente. Deu certo e já pagamos o que estávamos devendo”, declara.

Além dos cooperados, segundo ela, os terceirizados também estão ganhando com a política de incentivo de governo. “Quem quis trabalhar teve chance, teve terceirizado que ganhou também e isso está ajudando na geração de emprego e renda”, analisa.

Para Socorro Jesus, as expectativas para o futuro são animadoras. Ela espera que em 2021 o Estado continue dando incentivos para as pequenas malharias e também para as cooperativas.

Sonhando com dias melhores

Melhorou para todo mundo. Inclusive para a microempresária Nunes de Almeida, proprietária da Malharia Manaci, localizada no bairro Bosque, em Rio Branco. No ramo há mais de 20 anos, ela explica que antes do programa de aquisição de uniforme sua empresa estava praticamente “parada”.

Manaci e Abraão: oportunidade para todos trabalhar. Foto: Stalin Melo/SEE

“Passei anos sem uma grande encomenda, mas agora estou feliz porque voltamos a sonhar com dias melhores, nossas expectativas são grandes e já podemos fazer planos para o futuro”.

Até pouco tempo, Manaci Nunes lembra que trabalhava praticamente sozinha, apenas com a ajuda dos filhos: “Agora estamos trabalhando com terceirizados, estamos com oito costureiras, ajudando a gerar emprego, renda e trabalho com essas encomendas do governo”.

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