Pesca artesanal garante renda a mais de três mil pessoas no Juruá

Pescadores artesanais participam de reunião no município de Rodrigues Alves (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Pescadores artesanais participam de reunião em Rodrigues Alves (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

A pesca artesanal é uma das principais atividades econômicas na região do Juruá. Em Mâncio Lima e Rodrigues Alves a pesca em rios e lagos é a principal responsável pelo sustento de mais de três mil pessoas. Segundo a Colônia de Pescadores de Mâncio Lima, são 2.600 pessoas que fazem da pesca seu meio de sobrevivência.

A produção gira em torno de 15 toneladas ao mês. A atividade da pesca em Mâncio Lima se concentra principalmente nos rios Môa, Azul e Juruá. Existem catalogadas 41 espécies de pescado na região. A produção, além do consumo interno, é exportada para Cruzeiro do Sul.

Francisco Gonçalves é um bom exemplo da importância da pesca em Mâncio Lima. Aos 55 anos, ele conta que pesca desde 1979. Criou os quatros filhos com o que conseguiu da venda dos peixes. Hoje, a produção mensal é de 300 quilos de pescado. E não pense que é tarefa fácil. Francisco conta que a esposa e um dos filhos ajudam na pescaria, que pode durar até seis dias nos rios da região.

“Não sei fazer outra coisa na minha vida. Tenho muito orgulho de ser pescador e dizer que há vinte e cinco anos me sustento da venda de peixe”, afirma.

Em Rodrigues Alves a situação não é diferente.  São mais de 1.300 pessoas que exercem a atividade pesqueira. A pesca em rios, lagos e igarapés proporciona uma produção de 20 toneladas ao mês. O que não é consumido pela população local, é comercializado em Cruzeiro do Sul e outras comunidades vizinhas.

Eronilde Chagas é pescador profissional e todos os meses pesca e comercializa 700 quilos de peixes. “É dessa venda que sustento minha família. A gente procura trabalhar de forma correta para que sempre tenha peixe pra gente pescar nos rios”, destaca Eronilde.

Kits para pesca artesanal

O governo do Estado vai distribuir, até o fim do ano, 760 kits de pesca, contendo um barco, um motor, e outros utensílios, como redes, malhadeiras e anzóis.

Nesta quinta-feira, 28, uma equipe da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) vai passar nos escritórios de Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima e Rodrigues Alves para recolher um questionário e os documentos dos pescadores interessados em receber o material.

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