Inaugurado no mês de maio, o Parque Industrial e Florestal de Cruzeiro do Sul começa a produzir. Três dos quinze galpões destinados a marceneiros e moveleiros já estão com a estrutura industrial montada e fabricando móveis em MDF, porta-janelas e caixilhos em madeira da região e madeira serrada para construção civil.
Segundo o gerente do parque, José Maria Freitas, onze marceneiros já receberam a concessão, estando aptos para se mudarem para o parque, enquanto outros quatro estão em fase de entrega de documentação. Em fase de construção está um galpão coletivo, que deve abrigar microempresários do ramo de movelaria. Como estrutura de apoio, o governo montou uma estufa de secagem de madeira com capacidade para 35m³ – tradicionalmente, os moveleiros e marceneiros secavam sua madeira ao ar livre.
Para João Evangelista, presidente da Cooperativa Artes da Floresta e proprietário da empresa Marcenaria São José, que ocupa um dos galpões, o espaço atual oferece um ambiente de trabalho limpo, arejado e espaçoso, favorecendo trabalhadores e clientes. A empresa já está montando no local móveis em MDF, um trabalho que, segundo Evangelista, ele iniciou na cidade junto com quatro irmãos há dois anos.
A pequena empresária Maria José Silva de Abreu também levou a estrutura de sua serraria para um dos galpões, onde já começou a produção de madeira serrada. Maria José elogiou o novo espaço. Ela comenta que por ser ainda desconhecido o novo endereço, a comercialização ainda está tímida. “As pessoas não sabem que a gente está aqui, por isso beneficio aqui e levo para a madeireira e vendo lá. O espaço é ótimo, os funcionários também gostaram muito”. Segundo a empresária, a empresa atualmente tem condições de serrar 200 dúzias de tábuas e 50 dúzias de peças por dia. Ela destaca que toda a madeira
que utiliza é legalizada e proveniente de dois planos de manejo da cooperativa.
Breno Carvalho, que chegou à serraria de Maria José para comprar cinco dúzias de tábuas de segunda, diz que o parque representa comodidade. “A gente compra a tábua de segunda, de primeira, e de repente pode visitar outro espaço para ver um móvel. O que a gente procura, encontra. Já tem o lugar certo, não tem que ficar procurando. O polo é mais viável para a gente”, justificou Carvalho.
O marceneiro Antônio Batista Alemão trabalha no ramo há 25 anos e também foi um dos primeiros a ocupar um dos galpões com sua empresa Móveis Batista, onde fabrica portas, janelas e caixilhos. Ele conta que vinha tentando ampliar sua marcenaria e que a oportunidade de ocupar um dos galpões do parque resolveu seu problema. Como está de endereço novo, uma parte da comercialização ainda é feita em seu antigo endereço. Com oito funcionários, Alemão está animado: em sua sede na cidade pretende concluir a ampliação iniciada, dessa vez para abrir uma revenda de móveis. Ele pretende inclusive revender móveis fabricados pelos colegas.
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