A parceria entre o Instituto Socioeducativo (ISE) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) garantiu, de janeiro até o início de maio, 115 vagas em cursos profissionalizantes aos adolescentes em conflito com a lei, familiares e à comunidade. Trata-se de uma política de prevenção adotada pelo ISE.

Comunidade inserida nos cursos do Pronatec e certificada pelo Senai em Sena Madureira (Foto: Maurício Cunha)
Comunidade inserida nos cursos do Pronatec e certificada pelo Senai em Sena Madureira (Foto: Maurício Cunha)

As vagas são destinadas ao sistema socioeducativo por meio do Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

De acordo com o diretor da Escola Senai, Mozani Mariano de Almeida, o papel da instituição é motivador. “Temos mais de 100 cursos em nosso portfólio, nas áreas de confecção, mecânica, panificação, logística, eletricidade, entre outros”, destaca.

Além de Rio Branco, a capacitação já foi levada para outros municípios onde existem unidades socioeducativas como Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul.

Sobre os resultados, o diretor afirma que há uma motivação criada durante os cursos. “Muitas pessoas têm medo de não conseguirem concluir as aulas. Então usamos exemplos próximos como dizer que a maioria dos instrutores dos cursos já foram alunos do Senai. Dessa forma, eles acreditam que também podem”.

Adolescentes participaram do curso de Eletricista Predial, do Senai, dentro da unidade (Foto: Maurício Cunha)
Adolescentes participaram do curso de Eletricista Predial, do Senai, dentro da unidade (Foto: Maurício Cunha)

Segundo o presidente do ISE, Leonardo Carvalho, o Senai é um forte parceiro da socioeducação e o responsável por levar grande número de oferta em cursos para dentro dos Centros. “Esse trabalho já ultrapassou fronteiras. Hoje, a família dos adolescentes, a comunidade e até alguns servidores estão inseridos nesse processo de profissionalização. Com isso, acreditamos que, ao sair, o socioeducando possa voltar para um lar mais preparado, o impedindo de voltar para as medidas. Isso se chama prevenção”, explica.