O advento do novo modo de comunicar

Quando se trabalha pensando que a informação é um direito do cidadão e isso é uma condição para o desenvolvimento relacionado diretamente ao ambiente democrático, surgem novas perspectivas. Quando paramos para pensar nas mudanças e transformações do século 21, grande parte delas se deve muito ao advento do novo modo de comunicar que, digamos, já não é tão novo: as mídias sociais. Com esse advento da comunicação, a sociedade passou a ser mais crítica onde os receptores também se tornaram emissores. Esse avanço impõe mudanças social e cultural criando, assim, novas formas de agir, estilos de vida diferenciados. De modo que as novas técnicas em comunicação também buscam atingir um público cada vez mais complexo e diferenciado.

O filósofo francês Pierre Lévy, ganhou projeção internacional nos anos 90, quando lançou livros como A Inteligência Coletiva (1994) e Cibercultura (1997), nos quais analisava questões suscitadas pela internet quando a rede de computadores ainda estava nascendo. Ele diz que, naquela época, apenas 1% da população mundial tinha acesso à internet. Lévy também defende a internet como ferramenta para a sustentação da democracia. O estudioso diz que hoje não estamos sujeitos apenas à opinião de um editor de um veículo de comunicação. Estamos sujeitos a diversas opiniões.

Lévy afirma que o virtual, constituído no ambiente midiático digital, não é uma oposição ao real, e sim é um espaço intangível que dialoga com o real, ou seja, o ciberespaço é um espaço intangível e ao mesmo tempo um espaço que é praticado. Este novo tempo da comunicação, se inclui nesse ambiente da comunicação governamental. O traçar desta nova comunicação faz com que haja um importante papel no estreitamento das relações entre o povo e a gestão pública como uma ferramenta de democratização da informação através das novas ferramentas que surgem diariamente.

Com a adesão desse novo modo de comunicar, as estruturas de comunicação têm se reorganizado em função da evolução dos conceitos e de novas demandas sociais, que envolvem o dinamismo, agilidade e mobilidade norteando, assim, o fundamento desta nova estrutura comunicacional que trata de buscar a democratização dos mais diversos espaços políticos e sociais. Por isso, não basta apenas lançar informação a todo o tempo. É preciso saber qual impacto e alcance que essas informações irão gerar para que de fato possa ter o objetivo almejado. Quanto mais eficiente for o ato de comunicar mais eficiente será o alcance e consequentemente o seu impacto.

 

Nayara Maria Pessoa Lessa é graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Mestra pela Universidade Federal do Acre – Letras: Linguagem e Identidade e diretora de Jornalismo na Secretaria de Estado de Comunicação.

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