Movelaria é um dos atrativos do Galpão da Indústria na Expoacre

Design, inovação e criatividade são marcas do setor marceneiro presentes no Galpão da Indústria na Expoacre. Como uma oportunidade de negócios, diversos empreendimentos levam parte de seu trabalho para a exposição ao público que anualmente prestigia a feira.

O casal Naiana Lima e Rogério Rodrigues esteve com a filha na Expoacre neste sábado, 4, e não deixou de conferir as novidades da marcenaria. Segundo Naiana, são os produtos mais criativos que lhe chamam atenção, como um conjunto maleável de mesa e bancos, que pode se tornar um único banco grande de madeira.

“A gente sempre vem passear aqui e aproveita pra ver as iniciativas que movimentam a economia no estado. Sempre gosto de passar aqui na área dos móveis por ter algo de novidade e de criativo sempre”, relata.

O local é um espaço que reúne empresas pioneiras e novos empreendimentos. A Nunes Móveis marca presença na feira todos os anos. “Estamos no mercado há mais de 20 anos seguindo a origem de madeiras, sempre procurando inovar e fazer o melhor. E a Expoacre é uma vitrine desse trabalho que representa a geração de empregos para mais de dez famílias”, frisa o gerente Kevin da Silva.

Também de Rio Branco, a Real Móveis tem sido assídua à Expoacre trazendo novidades ao público todos os anos. De acordo com o empresário Júnior Nepomucena, cerca de 20 famílias tem vínculo direto com o empreendimento. “Temos notado que as políticas de fomento ao setor no estado ajudaram a dar mais visibilidade a esse trabalho e todos os anos temos a presença massiva das pessoas aqui prestigiando no estande”, destaca.

Investimentos no setor marceneiro            

Muitos são os aspectos a serem destacados pertinentes à valorização dos profissionais da marcenaria no Acre. Nos últimos anos, investimentos direcionados à categoria a consolidaram como uma das principais economias do setor produtivo industrial no estado.

Desde a implantação de políticas de fomento ao setor, conquistas como a facilidade ao acesso a linhas de financiamento e a legalização das atividades foram viabilizadas. Se antes o estado já possuiu mais de 80% dos profissionais em atuação de forma ilegal, atualmente a realidade é outra.

A valorização da economia florestal foi um aspecto essencial para se pensar a reformulação dessa atividade econômica, de modo a assegurar licenciamento e regularização de empreendimentos e, consequentemente, a geração de empregos e distribuição de renda às famílias.

Indústrias e polos moveleiros

Além dos processos burocráticos que envolvem a legalizalização, o governo do Estado destinou recursos à aquisição de maquinário de ponta para atender e suprir as demandas do mercado local, instalando dezenas de empresas em polos moveleiros distribuídos pelo estado.

Com o incentivo, as portas ficaram abertas para o surgimento de novas associações e cooperativas para o melhor gerenciamento da contratação de mão de obra e gestão financeira.

Ao longo de quase oito anos, foram investidos na gestão de Tião Viana um total de R$ 54,5 milhões na construção, estruturação e infraestrutura dos polos em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Epitaciolândia, Brasileia e Acrelândia.

Só na capital, por exemplo, cerca de dez empresas estão instaladas no polo localizado no Parque Industrial, o que significa a representatividade de aproximadamente 60 famílias que têm a marcenaria como fonte de renda.

Outro estímulo por parte do governo do Estado foi a mudança na aquisição de compras governamentais, que passou a beneficiar diretamente essas empresas e cooperativas. Isso porque o governo adotou um sistema de compra de mobiliário das instituições públicas que absorvesse toda a produção dos polos moveleiros.

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