Motoboys buscam auxílio do governo para profissionalizar categoria

O governo do Acre, por meio  do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), vai levar ações educativas aos integrantes dos clubes de motoboys da capital. A parceria foi formalizada nesta quinta-feira, 15, pela presidência da autarquia estadual e representantes da Família Motoboys Acre, que reúne pelos menos 1.200 trabalhadores do ramo de entregas em domicílio sobre duas rodas.

A Família Motoboy Acre reúne pelo menos 1.200 entregadores Foto: Ana Flávia Soares/Detran

A iniciativa atende demanda dos motoclubes, dada a necessidade de conscientizar os profissionais a respeito das leis de trânsito e suas respectivas alterações. A ideia é melhorar a atuação da categoria e tentar desmistificar a imagem ruim que parte da população tem a respeito do comportamento dos motociclistas no dia a dia do trânsito.

“A grande maioria de nós é pai ou mãe de família e queremos ser reconhecidos pelo bom serviço que prestamos à sociedade. Nesse momento de pandemia somos nós que entregamos quase tudo que a população consome, dos lanches às compras do mercado”, lembrou Jackson Araújo, representante da Família Motoboys Acre.

Inicialmente serão realizadas palestras educativas online e presenciais Foto: Ana Flávia Soares/Detran

Inicialmente, serão realizadas palestras online e presenciais. Um cronograma será elaborado pela Coordenadoria de Educação para o Trânsito do Detran, tendo em vista a impossibilidade de reunião de muitas pessoas em um mesmo espaço neste momento de pandemia.

“A profissionalização desse serviço também depende dos critérios estabelecidos pelas plataformas de delivery. Além do que pode ser feito neste momento pelo Detran, buscaremos parcerias com outras instituições públicas para auxiliar no atendimento às demandas desses trabalhadores”, disse Luiz Fernando Duarte, presidente do Detran.

Números preocupantes

Rio Branco registra média de três acidentes envolvendo entregadores em duas rodas todos os dias, um número alto quando comparado à quantidade de entregadores que têm essa atividade como ocupação principal. Entre as reivindicações também está a realização de campanhas educativas que chamem a atenção dos condutores de automóveis para o respeito aos motociclistas.

Foi sugerido aos motoboys que se organizem em sindicatos ou associações, pois essas entidades podem exigir do poder público ações que os beneficiem de maneira mais ampla. Hoje esses grupos mantêm páginas nas redes sociais e aplicativos de mensagens, nos quais são feitos informes e os integrantes conseguem interagir mais facilmente.

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