Lançado em Cruzeiro do Sul o projeto Proteção de Jovens em Territórios Vulneráveis

Em Cruzeiro do Sul, 200 jovens serão beneficiados pelas ações do projeto

 

 

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Programa atende a jovens em situação de risco social com cursos profissionalizantes

Com objetivo de promover a proteção, inclusão, protagonismo e formação cidadã de jovens expostos à violência familiar ou urbana foi lançado hoje em Cruzeiro do Sul o Projeto ‘Proteção de Jovens em Territórios Vulneráveis’ (PROTEJO). O projeto é uma parceria entre o Ministério da Justiça e o Governo do Estado, executado pelo Instituto Dom Moacir com participação da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar do Acre.

 

Em Cruzeiro do Sul, 200 jovens serão beneficiados pelas ações do projeto. Em todo o estado, este número sobe para 810: são 530 em Rio Branco e 80 em Brasiléia, com idades de 15 a 24 anos. O PROTEJO é um dos mais importantes projetos do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (PRONASCI). Inicialmente o PROTEJO seria executado apenas nas grandes cidades brasileiras mas, como informa Mara Lima, gerente de Educação Profissional para Inclusão Social do Instituto Dom Moacir, graças ao empenho pessoal do governador Binho Marques, foi possível trazer o projeto ao Acre, sob argumento de que abrange regiões fronteiriças, onde a vulnerabilidade social é muito expressiva.


Zonas de Atendimento Prioritário

Em Cruzeiro do Sul, as comunidades a serem atendidas estão incluídas nas Zonas de Atendimento Prioritário (ZAPs). São elas Lagoa, Miritizal,Várzea, Remanso Cobal, Cruzeirão e São José. Cada participante cumprirá 800 horas em oficinas, cursos e atividades complementares de formação sócio-jurídica, cultural, esportiva e profissionalizante.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Dom Moacir, Irailton Lima, o PROTEJO destina-se a trabalhar com jovens de bairros com maiores dificuldades sociais, para que estes jovens tenham, por um lado a atenção e um trabalho específico por parte do governo e por outro para que eles possam conhecer mais sobre si mesmos, sobre sua atuação no bairro, sua vida social. "Queremos que a partir da profissionalização e do trabalho de desenvolvimento da noção de cidadania, os jovens possam realizar serviços no próprio bairro, para fortalecer o bairro e fortalecer a presença deles como cidadãos dentro dos bairros. São jovens que praticaram ou foram vítimas de violência. Os bairros atendidos são aqueles com maiores dificuldades, principalmente com relação aos indicadores de violência e a intenção do governo do estado, junto com o governo federal, no desenvolvimento deste projeto é melhorar as condições de cidadania, de vida e de segurança nos bairros atingidos" – disse.

Irailton informa que haverá oficinas de cidadania, direitos humanos, trabalho social, sexualidade, drogas, economia solidária. Além destes, haverá cursos específicos de formação profissional como fotografia, desenho, diagramação, jornal comunitário, corte e costura, marcenaria, jardinagem, manicure e pedicure, doces e salgados, panificação e massas.

O assessor especial para a Juventude do governo do Estado, André Kamai analisa que o PROTEJO é um projeto que faz a inversão de valores. Aposta no jovem para acabar com a violência e a criminalidade na comunidade dele. "Ao longo da história os governos apostaram na polícia para fazer isto. Hoje o governo está apostando numa inversão, apostando nas pessoas apostando na própria sociedade e apostando naqueles que são as maiores vítimas da violência: os jovens" – disse.

O Comandante da Polícia Militar do Acre, Cel. Romário Célio e o comandante da PM em Cruzeiro do Sul, Ten. Cel. Ayres prestigiaram o evento de lançamento do PROTEJO. O coronel Romário acredita que em breve já serão colhidos os primeiros frutos do projeto. "O foco é o público jovem, quem está fora da escola ou o que está flertando com o crime e pode vir a sair da escola por conta disso. Acredito no projeto, pois segurança se faz em parceria com a sociedade"- disse.

Esperança de mudança

A jovem Vanessa Vilanova estuda o primeiro ano do Ensino Médio e ficou interessada em participar do projeto pois deseja ter mais noções de informática. Francisco Leonardo da Silva disse que mora num bairro muito inseguro e muitos jovens estão em situação vulnerável. Ele ficou atraído pelo PROTEJO especialmente porque poderá fazer um curso de desenhista. 

 

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