ISE dialoga com representantes do Sistema de Garantia de Direitos

Encontro tem por objetivo debater a problemática dos adolescentes que estão envolvidos com organizações criminosas, drogadição e violência sexual (Foto: Josemir Melo)

Na manhã desta terça-feira, 31, foi realizada no auditório do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), situado na Galeria Cunha, uma reunião com o colegiado do 1º Conselho Tutelar e o Sistema de Garantia de Direitos, com o objetivo de debater a problemática dos adolescentes que estão envolvidos com organizações criminosas, drogadição e violência sexual.

No debate estiveram presentes, representantes do Ministério Público, 1º Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Polícias Civil e Militar, Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), além de outros órgãos ligados ao Sistema de Garantias de Direitos.

O diretor-presidente do ISE, Rafael Almeida, pontuou que essa problemática merece total atenção do Estado e da sociedade, e que medidas urgentes devem ser tomadas.

“95% dos adolescentes que chegam ao ISE têm envolvimento com drogas ou outras substâncias psicoativas. Medidas urgentes devem ser adotadas para barrar o envolvimento desses jovens com facções, drogas, álcool e violência sexual. A primeira prevenção deve começar no âmbito familiar”, disse Almeida.

Almeida disse que a escola em tempo integral e o Projeto Bombeiro-mirim são exemplos de ações positivas que o Estado do Acre vem colocando em prática, com o objetivo de tirar os jovens da ociosidade e de oportunizar a estes, conceitos importantes como cidadania, respeito ao próximo e oportunidades de profissionalização.

A conselheira tutelar Lucinaira Carvalho frisou que este ano mais de dois mil adolescentes já foram atendidos em Rio Branco, e que o diagnóstico parcial é preocupante, pois na grande maioria dos atendidos, percebe-se o envolvimento destes jovens com drogas, facções e violência sexual.

“Aqui nossa meta é reunir todos os órgãos ligados ao sistema de garantias de direitos para assegurar o que determina a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), disse Lucinaira.

De acordo com a promotora de Justiça do MPAC, Vanessa Muniz, o trabalho relacionado à infância e juventude é feito em redes, sendo indispensável a união das equipes e das instituições para fazer a diferença e alcançar o objetivo desejado.

“A família é a base do adolescente, e cabe a esta impor ao jovem a educação familiar, imposições e limites. Ao pai não cabe apenas aconselhar, mas sim determinar e ordenar, enquanto o filho estiver sob o comando da família. O fato de uma criança ser criada sem limites, reflete na vida social e no possível envolvimento de atos infracionais”, enfatizou Vanessa.

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