Instituto Dom Moacyr discute Plano de Educação Profissional e Tecnológica em Cruzeiro do Sul

Meta do Governo do Estado é incentivar participação da sociedade nas políticas de formação em todo o Acre

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Encontro reuniu representantes de vários setores para o debate (Foto: Onofre Brito/Secom)

O Governo do Estado, através da Secretaria de Educação e Instituto Dom Moacyr, realizou, na última semana, em Cruzeiro do Sul, a Audiência Pública e apresentação e discussão do Plano Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (PEP). Representantes de sindicatos, estudantes e gestores de comunidades educacionais participaram do encontro corroborando a política participativa adotada pelo governo do Estado que assegura voz aos interesses coletivos e reforça a identificação da sociedade com o trabalho realizado pelo instituto Dom Moacyr.

O PEP 2009, elaborado pelo IDM, objetiva subsidiar as diretrizes e estratégias de ampliação e fortalecimento da oferta de qualificação e formação profissional, baseando-se em estudos da conjuntura socioeconômica do Acre e no diagnóstico da força de trabalho acreana e suas principais tendências setoriais. Para chegar ao diagnóstico, o Instituto realizou pesquisa pioneira em que foram ouvidas cerca de 3.300 educandos e 490 empresários.

Segundo o diretor do Instituto, Irailton Lima, o PEP é realizado como forma de preparar os recursos humanos para o desenvolvimento que vem aí. "Estamos apresentando uma proposta do governo do Estado elaborada a partir de estudos técnicos realizados durante um ano. Fizemos pesquisas com estudantes de Ensino Médio e Fundamental e empresas. Levantamos os investimentos previstos no desenvolvimento do Estado, tanto do poder público estadual, quanto dos municípios e do governo federal. A partir de tudo isto, projetamos cenários, procurando saber como o Estado vai estar daqui a cinco, dez anos. Com base nisto foi possível montar uma proposta de investimentos do poder público na área da formação profissional. Em qualquer setor, assim como é necessário ter recursos financeiros e infraestrutura, também precisa ter gente qualificada. Se não houver trabalhadores qualificados não adianta ter recursos financeiros e tecnologia. E daí, o poder público precisa investir na qualificação das pessoas. Nós montamos o plano e agora o estamos submetendo à apreciação da sociedade", explicou.

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Ana Paula participou das discussões (Foto: Onofre Brito/Secom)

Irailton ainda informou que nos o plano elaborado está disponível no endereço eletrônico www.ac.gov.br para consulta pública de forma que as pessoas poderão acessar e postar sugestões que complementem as propostas do plano.

A estudante Ana Paula da Silva Alencar é beneficiária do Protejo – ‘Proteção de Jovens em Territórios Vulneráveis’. Ela destaca a importância de participar de discussões que visam abrir novas oportunidades de educação profissional para os jovens: "Para mim é muito importante esta discussão, pois visa nosso aprimoramento profissional. O Protejo, do qual eu participo, está ajudando muitos jovens a se prepararem melhor para o futuro".

Educação profissional melhora organização indígena

O coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Vale do Juruá (Opirj), Luiz Nukini, destaca que a educação profissional é uma forma de garantir a sustentação e a organização dos povos indígenas.

"A gente já vem participando desse plano há algum tempo, desde a criação da Secretaria Especial dos Povos Indígenas. Agora isto está sendo consolidado através de cursos na área da saúde, para formação dos agentes de saúde, bem como o curso na área de informática e também de cooperativismo que estão sendo realizados nas aldeias. Temos demanda também por cursos de montagem de vídeo, para que as comunidades indígenas possam apresentar vídeos sobre seu cotidiano para a sociedade não indígena. No caso dos indígenas nossa formação não é tanto voltada para o mercado do trabalho, mas, principalmente, para a organização interna da própria comunidade", disse.

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