Instituto de Mudanças Climáticas do Acre representa o Brasil em evento no México

Gestoras do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais do Acre (IMC) representam o Brasil na Reunião do Comitê Global de Povos Indígenas e Comunidades Locais, na cidade de Oaxaca, México, realizado pela Força Tarefa de Governadores pelas Florestas e Clima, GCF-TF. A diretora-executiva do IMC, Julie Messias, representa os estados da Amazônia brasileira no Comitê Global e Francisca Arara os povos indígenas.

O evento irá possibilitar ajustes necessários à boa governança e traçar o planejamento das ações, além de identificar com maior clareza as representações do Comitê Global Para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais para os próximos anos. A abertura do evento foi realizada nesta terça-feira, 3,  e encerra nesta quarta-feira, 4.

O encontro tem como prioridade fortalecer, por meio do diálogo, parcerias entre governos subnacionais, povos indígenas e comunidades locais, para ajudar na tomada de decisões sobre os benefícios da conservação florestal.

Abertura do evento foi realizada nesta terça-feira, 3 Foto: Cedida

“O Acre é referência quanto à implementação das políticas públicas voltadas para redução do desmatamento e a proteção da biodiversidade. O Governo do Estado do Acre é pioneiro e segue investindo em desenvolvimento de baixo carbono estruturando programas que remuneram e premiam o esforço pela conservação das florestas”, destaca a diretora executiva, Julie Messias.

Francisca Arara destaca a representatividade e participação efetiva dos povos indígenas na tomada de decisões.

“A comunidade indígena tem voz ativa dentro desse processo. Estamos construindo as estratégias para que possamos contribuir, juntos, para a redução do desmatamento. Acreditamos que o diálogo é o caminho para o cumprimento das metas de conservação florestal, ao mesmo tempo em se constrói as agendas com a participação ativa dos povos indígenas e comunidades locais”, ressalta Francisca Arará.

Encontro reúne representantes do Brasil, Peru, México e Indonésia Foto: Cedida

Na Amazônia brasileira os estados estão avançando na organização de um Comitê Regional que vai buscar fortalecer diálogos com os governos. A diretora do IMC, Julie Messias, destaca a importância de fortalecer os espaços de diálogo.

“Governos, povos indígenas e comunidades locais juntos em um ambiente propício para o diálogo, com os insumos necessários para maior compreensão entre as partes. Essa é uma importante ferramenta de gestão política, uma vez que alinha as ações com reconhecimento e validação”.

O encontro reúne representantes do Brasil, Peru, México e Indonésia. Além das gestoras do IMC, participa também o representante das comunidades tradicionais dos estados da Amazônia Legal, Joaquim Corrêa Belo, do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).

Saiba mais

O Comitê Global para Povos Indígenas e Comunidades Locais da Força Tarefa dos Governadores para Clima e Florestas, CGF-TF, foi criado com o objetivo de fortalecer parcerias entre governos subnacionais, povos indígenas e comunidades locais. O CGF-TF funciona com um secretariado internacional e secretários regionais que apoiam as atividades de comitês diretivos formados por delegados dos estados.

Em 2014, membros do CGF-TF assinaram a Declaração de Rio Branco (AC) comprometendo-se a reduzir o desmatamento em 80% até 2020 e a compartilhar os benefícios desses esforços com povos indígenas e comunidades locais. A Força Tarefa dos Governadores pelo Clima e Florestas reúne 38 estados de 10 países com florestas tropicais que, juntos, englobam mais de um terço das florestas tropicais do mundo. No Brasil fazem parte os nove estados da Amazônia Legal.

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