O Banco de Leite do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá (maternidade) e o Grupo de Estímulo ao Aleitamento Materno (Geama) realizaram nesta manhã desta sexta-feira, 2, a abertura da Semana Nacional de Aleitamento Materno em encontro de confraternização que reuniu mães, bebês e profissionais de Saúde.
As atividades irão até a próxima quarta-feira, 7, com programação toda voltada ao aleitamento materno, com palestras e atendimentos tendo como foco principal as mães que estão internadas na maternidade. A partir desta semana, a maternidade inicia uma programação especial de atendimento às mães e bebês com parceria entre o Banco de Leite, o setor de pediatria e o setor de clínica-geral.
A coordenadora do Banco de Leite, fonoaudióloga Márcia Soares de Paula, conta que o setor está em estruturação; ainda não faz o processamento do leite materno, o que deverá ser feito daqui a dois meses. O trabalho inicial do banco é de orientações em relação ao aleitamento, a boa posição do bebê, se o bebê está pegando corretamente no seio, o que é benéfico, etc.
O banco também faz a coleta externa para os bebês internados na maternidade, inclusive daquelas mães internadas no Hospital do Juruá. Também é feito atendimento às mães que têm dúvidas em relação ao aleitamento. O Geama também tem sua programação de atendimento. Quando os bebês recebem alta, as mães os trazem uma semana depois para acompanhamento. Lá são pesados e verificados se estão com aumento de peso normal; se estão se desenvolvendo direito. Depois as crianças são levadas ao Geama, em intervalos de 15 em 15 dias e finalmente de mês em mês, até completar seis meses de acompanhamento. “A única exigência do Geama é que os bebês estejam sendo amamentados no seio materno; não tenham nenhum outro tipo de leite na alimentação deste bebê”, informa Márcia.
A médica Tatiana Panont (clínica-geral) que passa a trabalhar em parceria com o Geama e o Banco de Leite explica que o objetivo é educar e dar suporte às mães e bebês. Ela trabalha na maternidade já faz algum tempo e pode verificar na prática médica que muitas mães não amamentam porque não sabem como amamentar, não têm a instrução devida; não entendem o porquê de amamentar. “Uma das coisas que a gente luta aqui é contra o ‘leite fraco’, como dizem algumas mães; ‘meu leite não desceu’, como dizem outras. Mas a mãe não entende esse mecanismo; não entende como faz para esse ‘leite descer’” disse.
Segundo Tatiana a falta de amamentação torna difícil a relação entre mãe e o filho. “Já está comprovado que a criança amamentada corretamente tem um desenvolvimento psicomotor, neurológico totalmente diferente de outra que teve a alimentação modificada, com introdução de outros itens”.