Governo sanciona lei que dá prioridade a trabalhadores rurais na saúde

Os produtores rurais e extrativistas que vivem no Acre têm agora uma lei que assegura a prioridade de seus atendimentos na rede pública de saúde. A lei do Cartão Verde, de autoria do deputado estadual Eduardo Farias, foi sancionada pelo governador Tião Viana na manhã desta sexta-feira, 4, em solenidade na Casa Civil.

Cartão Verde deve beneficiar 30% da população do Acre que vive do trabalho no campo (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Cartão Verde deve beneficiar 30% da população do Acre que vive do trabalho no campo (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

De acordo com o projeto de lei, o Cartão Verde servirá de documento de identificação do produtor rural e extrativista e seus dependentes, no ato de solicitação de um atendimento de saúde nas unidades públicas do Estado.

“Hoje, 30% da população acreana mora na zona rural e tem dificuldade, quando vem à cidade, para marcar uma consulta, marcar um exame, uma cirurgia. Essas pessoas não podem ficar aqui 15 ou 20 dias porque elas podem perder sua produção que está no campo. Ao sancionar essa lei, o governador Tião Viana está tendo a sensibilidade de entender que essas pessoas são diferentes”, comenta o deputado estadual.

Para o presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais Deus é Por Nós, do Barro Alto, Dário Gomes, a sanção da lei indica que o governo reconhece a luta diária dos homens e mulheres que vivem do trabalho no campo.

“A gente que vive na zona rural vê que o Cartão Verde será de grande valia e importância porque muita gente deixa suas casas na cabeceira de rios e chega a ficar até três dias na cidade para conseguir extrair um dente. Com certeza esse cartão vai facilitar a vidas pessoas que moram na zona rural”, observou.

O governador Tião Viana comenta a lei: “É um lei que traduz aquilo que Rui Barbosa um dia disse ‘Nada é tão perverso e tão injusto do que tratar os desiguais como iguais’. Uma mãe, um idoso que sai da zona rural precisa ser atendido com mais brevidade e esse cartão diz isso”.

O que disseram

“Quando eu comecei no movimento sindical a gente não tinha absolutamente nada para dizer de positivo dos governos, nada. A gente tinha que fazer confusão para receber salário e aqui a gente ouviu o movimento sindical dizer que ‘parece que o governo está adivinhando as suas reivindicações’ porque o governo sai na frente antes mesmo de o movimento reivindicar. Isso me deixa muito feliz. Isso é sintonia. É a sintonia do governo com a sociedade.” Perpétua Almeida, deputada federal

“Antes as mulheres [agricultoras] passavam três dias fora de casa e com esse cartão vão passar um dia. Vão mostrar para o ‘doutor’ e ele já vai saber que ela é uma trabalhadora rural e essa mulher será atendida, com certeza.” Fátima Pedroza, presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Acre (Fetacre);

“Nós agradecemos o esforço do deputado Eduardo Farias que atendeu a uma pauta das trabalhadoras rurais. Se o movimento sindical fosse acompanhar todas as ações de governo, não teria tempo para ouvir os trabalhadores porque o governo todo dia está entregando coisas, lançando programas. Todo dia tem evento de políticas públicas e isso é muito bom. O movimento sindical não tem medo de agradecer as políticas públicas do governo que atende aqueles mais necessitados”, declarou Rosana Nascimento, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

 

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