Governo quer levar mucuna a mais de 2 mil famílias de produtores em 2009

Tecnologia usada no Acre para recuperar solos degradados é destaque em mídia nacional

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Mucuna preta substitui o uso do fogo e desmatamento auxiliando na recuperação de áreas degradadas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Implantada primordialmente nas regiões do Alto e Baixo Acre, a mucuna preta é a principal tecnologia adotada pelo Governo do Estado para o processo de transição agro-ecológica e que este ano deverá ser introduzida em pelo menos 2 mil propriedades familiares do Acre com o objetivo de melhorar o processo produtivo. A eficácia da planta rasteira no combate às queimadas no Estado foi citada pela mídia nacional em matéria publicada no portal globoamazonia.com.

Parcela importante da política traçada pelo Governo do Estado para a certificação da propriedade sustentável, o programa de distribuição de sementes de mucuna, orientação técnica para o uso da tecnologia e acompanhamento dos resultados, é uma ação conjunta desenvolvida pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), prefeituras dos municípios de Bujari e Capixaba, parceria de organizações não-governamentais como Pesacre e Pacha Mama, Embrapa e apoio das comunidades do Pró-ambiente da região do Alto Acre.

O engenheiro agrônomo, Diogo Sobreira, do escritório da Seaprof em Bujari diz que mais de 70 propriedades totalizando cerca de 80 hectares da área rural do município, adotam o sistema conhecido como "adubação verde" por ter o papel de mobilizar nutrientes do solo, preparar a terra para o plantio evitando o uso de fogo, o desmatamento e combatendo a erosão. A mucuna também gera renda para famílias de produtores. Segundo o engenheiro, o feijão que pode ser colhido entre 3 e 6 meses após o plantio, chegou a ser vendido em 2008 a R$ 5 o quilo.

O programa iniciado em 2003 comemora os resultados. A produtividade do feijão plantado após o uso da mucuna aumentou em 20% em algumas propriedades das duas regiões onde já foram implantadas.  "Em outras onde havia apenas uma safra de milho, agora tem duas safras por ano", explica Ronei Santana, diretor técnico da Seaprof acrescentando que a grande vantagem da mucuna preta é a recuperação de áreas antes consideradas improdutivas. A planta age fazendo uma varredura no solo matando desde o mato rasteiro, ervas daninhas e sapé. Nas regiões do Purus e Juruá a tecnologia ainda está em fase de adaptação e experimentação.

Leia a matéria completa publicada no Globo Amazônia

 

 

 

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