Governo promove Seminário sobre Prevenção e Promoção à Saúde

Academias de Saúde serão implantadas em todos os municípios acreanos (Foto: Cedida)

Academias de saúde serão implantadas em todos os municípios acreanos (Foto: Cedida)

Com o objetivo de fortalecer as ações de integralidade da vigilância em saúde e a atenção básica contribuindo para a promoção à saúde da população, a partir da implantação de academias de saúde, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, promove nos dias 14 e 15 deste mês, no auditório da Secretaria da Fazenda, o I Seminário de Prevenção e Promoção à Saúde. O evento traz o tema Academias de Saúde e será desenvolvido pelo Departamento Estadual de Vigilância em Saúde.

Em abril de 2011, o Ministério da Saúde lançou o Programa Academia da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde, com o objetivo principal de contribuir para a promoção da saúde da população a partir da implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física e de lazer e modos de vida saudáveis.

Para a gerente da Divisão de Prevenção e Promoção à Saúde, Disneide Lopes, o programa contribui para a promoção e proteção à saúde da população, na prevenção de doenças e agravos à saúde e seus fatores de risco.

“A prática de exercícios adequados às condições físicas individuais e sob a orientação de profissionais de educação física qualificados é uma das mais poderosas ferramentas de prevenção e promoção de saúde individual”, afirma Lopes. Ela completa que não só as doenças do corpo são beneficiadas pela prática desportiva – os quadros psíquicos como a depressão, por exemplo, melhoram substancialmente com a prática de atividades físicas supervisionadas.

Desafios do Seminário

Usuários têm acompanhamento com nutricionista e educador físico nas academias de saúde (Foto: Cedida)

Usuários têm acompanhamento com nutricionista e educador físico nas academias de saúde (Foto: Cedida)

Disneide informa que, com as instalações e estruturação das Academias de Saúde nos municípios acreanos, o seminário lança o desafio aos gestores do SUS para garantir sustentabilidade às iniciativas de indução das práticas corporais e ao permanente debate e articulação intersetorial para a melhoria das estruturas e espaços urbanos favorecedores da atividade física.

“O governo do Estado prioriza o bem-estar da população e defende que todos tenham acesso às ações de prevenção à saúde, pois quem tem saúde, com certeza, tem melhor qualidade de vida”, destaca a gerente.

Sedentarismo é a maior causa das doenças crônicas

Segundo Disneide, no Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por diado que gastava há 100 anos, o que explica por que o sedentarismo afeta aproximadamente 70% da população brasileira, ocasionando os altos índices de obesidade, hipertensão, tabagismo, diabetes e colesterol alto.

O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral. “Esses fatores são as principais causas de morte no país, por isso vemos que a atividade física é assunto de saúde pública”, destaca a gerente.

Dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIM) apontam que no Acre, desde 2005, as doenças do aparelho circulatório aparecem como a primeira causa de óbito, seguidas por causas externas e doenças do aparelho respiratório, neoplasias e algumas afecções originadas no período perinatal.

Pesquisa revela número de obesidade nas capitais brasileiras

Atividades físicas ajudam a diminuir os riscos de adquirir doenças crônicas, como diabetes, obesidade e colesterol alto (Foto: Cedida)

Atividades físicas ajudam a diminuir os riscos de adquirir doenças crônicas, como diabetes, obesidade e colesterol alto (Foto: Cedida)

Segundo o resultado do relatório da pesquisa da Vigilância de Fatores de Riscos e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2011), o Acre, especificamente em Rio Branco, encontra-se na sexta colocação, entre as capitais brasileiras, em obesidade na população masculina. Já a população feminina assume a nona posição do ranking nacional.

Essa pesquisa é divulgada anualmente pelo Ministério da Saúde, desde 2006, e traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011, foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.

A pesquisa ainda revela que as mulheres comem mais frutas e hortaliças, enquanto os homens comem mais carne com excesso de gordura. Pessoas com mais de 12 anos de escolaridade tendem a consumir mais frutas e hortaliças, por ter mais acesso às informações sobre saúde.

Apesar de “comer pior”, os homens se exercitam mais do que as mulheres. Segundo a Vigetel, 39,6% dos homens fazem exercícios com regularidade. Entre as mulheres, a frequência é de 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16% em 2009 para 14,1% em 2011.

De acordo com o Ministério da Saúde, pela pesquisa o sedentarismo aumenta com a idade. Entre homens com idade de 18 e 24 anos, 60,1% praticam exercícios. Esse percentual reduz para menos da metade aos 65 anos, caindo para 27,5%. Já entre mulheres de 25 a 45 anos, 24,6% se exercitam regularmente. Com o aumento da idade, esse percentual cai para 18,9%.

O Ministério da Saúde considera “acima do peso” as pessoas com um IMC (Índice de Massa Corporal) mais alto que 25. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado.

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