Governo multa em R$ 25 mil frigorífico que despejava rejeitos em igarapé no Juruá

O Governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Meio Ambiente e Análises Climáticas do Acre (Imac), anunciou nesta terça-feira, 9, que não vai tolerar crimes ambientais e que está atento às denúncias que eventualmente forem surgindo. Na semana passada, o órgão multou um frigorífico do município de Rodrigues Alves, no Vale do Juruá, em R$ 25 mil.

A empresa estava despejando resíduos orgânicos do abate dos animais num igarapé da região. Em entrevista ao programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, na tarde desta terça, o presidente do Imac, André Hassem, disse que o órgão, prontamente tomou as medidas necessárias para que o frigorífico cessasse o dano ambiental.

“Assim que recebemos a denúncia, nossos técnicos se deslocaram até o município e constataram que muito sangue estava chegando ao igarapé. Fizemos um relatório da situação e os proprietários foram notificados de acordo com nossas leis ambientais”, afirmou Hassem ao jornalista Itaan Arruda.

Além da multa, de R$ 25 mil, os serviços foram embargados até se adequar às normas ambientais. Depois da primeira notificação, um representante do frigorífico havia se dirigido ao Imac de Cruzeiro do Sul e informado que as adequações exigidas pelo órgão tinham sido atendidas.

Presidente disse que o frigorífico foi embargado até se adequar com as normas ambientais (Foto: Cedida)

“Mas, após novas denúncias de que o frigorífico havia voltado a funcionar de forma irregular, o Imac deslocou uma equipe para que pudessem fazer vistoria técnica no local e averiguar se os requisitos foram cumpridos”, explicou André Hassem.

Somente após o novo relatório, da segunda visita do Imac, com o Ministério Público do Acre, é que será julgado se o estabelecimento terá autorização para voltar a funcionar.

Sobre o afastamento dos servidores, Hassem explicou que os profissionais já voltaram a exercer suas atividades normalmente, e que o diretor do Imac na região foi exonerado. “Não podemos afastar os servidores, porque são técnicos do Imac, que trabalham há anos e dentro da legalidade, para fazer cumprir as regras ambientais na nossa região”, ressaltou.

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