Agosto Lilás

Governo inicia trabalho com grupos terapêuticos no presídio feminino de Rio Branco

A vida no cárcere traz uma gama de problemas psicossomáticos, além de limitar o convívio social de quem está recluso. Com base nisso, o governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em parceria com a Clínica Humanamente, realiza um projeto de grupos terapêuticos no presídio feminino de Rio Branco.

Os encontros do grupos são realizado semanalmente. Foto: Iapen/AC

Semanalmente, são formados grupos reflexivos com seis presas previamente selecionadas pela equipe técnica da unidade. São abordados temas que envolvem questões sociais, tais como prevenção ao suicídio, uso abusivo de drogas e sofrimento mental advindo do cárcere. Durante o mês de agosto, especialmente, os grupos debatem sobre a temática do combate à violência doméstica contra a mulher, em alusão ao Agosto Lilás.

A chefe da Divisão de Assistência Social e Atenção à Família do Iapen, Cláudia Costa, destacou que, a cada semana, um novo grupo com seis detentas é selecionado, buscando alcançar toda a população carcerária da unidade. “O intuito da terapia em grupo é utilizá-la como ferramenta de contribuição para a reintegração social, pois, com ela, as reeducandas terão a oportunidade de conhecer melhor a si mesmas e refletir sobre os motivos que as levaram até o sistema prisional”, disse.

Cláudia também ressaltou que o projeto incentiva a busca por resiliência com os fatos ocorridos no passado, preparando as presas para um melhor convívio em sociedade após o cumprimento da pena, além de aprender a ter empatia com as dores umas das outras. Em casos de necessidade de um acompanhamento mais aprofundado, as presas passam por atendimento individual.

A diretora da Clínica Humanamente, Fabiana Chaves, explicou que desde 2016 vem oferecendo serviços gratuitos a pessoas que não possuem recursos para custear um tratamento e que passam por vulnerabilidade psíquica. “Sinto-me inteiramente feliz e abençoada por estar ajudando tantas pessoas que precisam de atenção e acolhimento. A ação no presídio é de grande valia e aprendizado para a clínica e, com certeza, resultará em excelentes avanços”, observou.