Governo garante intervir para manter o funcionamento da Central de Incubação de Pintos

Localizada ao lado do Parque de Exposições, em Rio Branco, a Central de Incubação de Pintos já possui 53 anos desde a sua inauguração. O espaço, que é hoje um núcleo da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), foi criado para atender estrategicamente os produtores da agricultura familiar do estado, ofertando pintos a um preço bem abaixo do mercado.

Central existe há 53 anos e só este ano produziu cerca de 80 mil pintos para comercialização Foto: Samuel Bryan/Secom

Mesmo com tamanha importância no desenvolvimento do agronegócio do Acre, este ano a unidade foi notificada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por não se adequar mais às normas exigidas de funcionamento e, nesta terça-feira, 22, entrega sua última remessa de pintos do ano.

A incubadora vinha funcionando, há mais de dez anos, sem atender as normas sanitárias exigidas pelo Mapa e sem investimentos por parte das gestões anteriores. Por isso, o atual governo decidiu manter a última etapa de incubação já programada e irá tratar de fazer um novo arranjo para a manutenção da produção das aves, mantendo preços praticados no momento, mas com critérios de melhoria da qualidade sanitária e da infraestrutura do local.

Impacto na produção

O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Tião Bocalon, visitou a unidade nesta terça-feira. Ele acompanhou de perto os preparativos da 14ª leva de pintos deste ano, que será vendida para produtores do Vale do Juruá.

Só este ano, a Central de Incubação produziu cerca de 80 mil aves, atendendo quase 700 produtores em 20 municípios do estado. O preço varia entre as sete espécies da ave comercializadas, começando em R$ 2,50 por unidade de corte e R$ 3,50 para unidade de porte. A exemplo, na iniciativa privada, os valores das aves começam, respectivamente, entre R$ 3,70 e R$ 5,50.

Tião Bocalon esteve presente na unidade e garantiu os esforços do governo para readequação junto ao Mapa Foto: Samuel Bryan/Secom

“A aceitabilidade do nosso produto é muito grande. São aves muito bem cuidadas, vacinadas e com uma taxa de natalidade de 87%, enquanto na iniciativa privada é de 72%. É um alcance social aos pequenos produtores do Acre e a possibilidade de fechar é desesperadora para alguns”, conta Regis Padro, responsável técnico e um dos 10 servidores presentes na unidade.

Bocalon ouviu os funcionários e lembrou que foi o responsável pela última grande readequação do fluxo de produção, ainda em 1999, com a aquisição de uma nova incubadora. Agora, garante que o governo fará todo o possível para adequar a unidade e seus preços abaixo do mercado para os produtores.

“Agora vamos nos esforçar para ir atrás de todas as medidas necessárias para sermos certificados pelo Mapa o mais rápido possível, para retomar a produção e com mais qualidade. O governo não tem intenção de ganhar dinheiro com a venda dos pintos. Só quem ganha é o produtor e queremos manter isso”, conta.

O secretário de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt, também tem se esforçado para buscar a melhor solução para a central o mais rápido possível, contando ainda com o apoio da senadora Mailza Gomes, que tem feito reuniões com produtores e garantido não medir esforços para manter a unidade.

A senadora Mailza Gomes disse estar alinhada com o plano de governo para buscar melhorias para o Acre. “Tive uma conversa entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Sepa para desenvolvermos ações para a produção agropecuária do Estado. O incubatório de aves, faz parte desse alinhamento entre as instituições e precisa ser ajustado as normas de produção para garantir material genético para continuidade das pesquisas”, garante a senadora.

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