Gladson abre colheita da soja 2020 e afirma que agronegócio já é realidade no Acre

É acreditando em seu potencial agrícola que o Acre comprova de uma vez por todas o início de uma nova era no campo. Neste contexto marcado pelo desenvolvimento e prosperidade econômica, o dia 14 de fevereiro é mais uma data simbólica para o agronegócio no estado. O governador Gladson Cameli, juntamente com o vice-governador Major Rocha e o empresário Jorge Moura, deu início à colheita da soja na safra 2020.

Governador Gladson Cameli, a primeira-dama Ana Paula Cameli, o empresário Jorge Moura e o secretário Edivan Azevedo na abertura da colheita da soja Foto: Diego Gurgel/Secom

No local escolhido, a fazenda Campo Esperança, foram plantados 2,1 mil hectares do grão. Somente nestes campos de soja às margens da BR 317, no município de Capixaba, a expectativa é alcançar 15 mil sacas do produto. Em todo o estado, a meta é chegar a 15 mil toneladas, um recorde para a produção local.

Grande entusiasta do cultivo das mais diversas culturas em larga escala, o governador Gladson Cameli fez questão de estar presente no evento. O gestor não tem dúvidas que a guinada econômica que o Acre necessita passa pela produção rural. Ciente das responsabilidades para alcançar este ousado objetivo, o governo vem somando esforços para criar um ambiente favorável e garantir ainda a segurança necessária para o homem do campo.

Gladson Cameli é um grande entusiasta da produção agrícola em larga escala no estado Foto: Neto Lucena/Secom

“É com muita alegria que participo deste momento tão importante para o Acre. Todos sabem que uma das principais bandeiras do nosso governo é o agronegócio e estar aqui, dando início à colheita da soja em 2020, é uma grande conquista e prova que isso já é uma realidade. Meus parabéns aos produtores que acreditaram e estão plantando não só a soja, mas o milho, o feijão e outras culturas. Esse é o Acre que sonhamos para a nossa gente. Saibam que vocês têm em mim um governador parceiro e que está ao lado de quem acredita nessa terra e quer trabalhar”, afirmou o governador.

Assegurar a trafegabilidade para o escoamento da produção é uma das prioridades do governo estadual. Somente em 2020, serão investidos R$ 110 milhões na recuperação e pavimentação de ramais. Outros R$ 40 milhões estão em fase de licitação para a compra de máquinas pesadas. Os equipamentos também atenderão as necessidades da zona rural em todos os municípios do estado.

Governador deixou claro que os investimentos na zona rural são prioridades em sua gestão Foto: Diego Gurgel/Secom

“Eu não esqueço um instante sequer da nossa zona rural. Disse e repito que o nosso governo é da zona rural para a zona urbana. Sei das dificuldades e da perseguição que vocês sofreram nos últimos anos e quero garantir que esse tempo acabou. O produtor rural está sendo tratado como ele realmente merece. Salvamos a emenda de R$ 94 milhões dos ramais que estava praticamente perdida e, vamos comprar, este ano, novas máquinas para que o Deracre possa recuperar e dar trafegabilidade nos ramais para que o produtor possa escoar sua produção”, pontuou Cameli.

“O Acre está entrando nos trilhos”

O vice-governador Major Rocha endossou o discurso ao dizer que o Acre sempre teve vocação agrícola, mas por conta das políticas desastrosas adotadas nas últimas duas décadas e que tinha o discurso da florestania como a salvação econômica levaram o estado para o marasmo econômico e crescimento da violência.

Rocha sabe que o desafio é grande, porém deixou claro que todo o esforço vem sendo feito pelo governo para reverter a atual situação. “Estou muito otimista com o futuro do nosso estado porque sei que o caminho é a produção rural e apostar em quem trabalha. Vamos continuar trabalhando pelo Acre, pois sabemos que isso já deu certo no passado. Com muita determinação e fé em Deus, conseguiremos retomar nossa produção. O Acre está entrando nos trilhos”, comentou o gestor.

Vice-governador Major Rocha crê no desenvolvimento do Acre por meio do agronegócio Foto: Diego Gurgel/Secom

O secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo, lembrou de um episódio ocorrido durante a gestão passada: produtores rurais que ousaram em plantar 30 hectares de soja foram sumariamente multados e desencorajados a continuar com o cultivo. Hoje, o cenário é completamente diferente e favorável ao agricultor.

“Isso só está acontecendo porque temos um governador que inspira confiança no produtor. O produtor sente a liberdade em produzir e a prova está aqui nesta fazenda, que colhe mais de dois mil e cem hectares de soja este ano. Isso é motivo de muita comemoração, e tanto o governador Gladson Cameli quanto os nossos produtores estão de parabéns”, explicou.

Solenidade marcou abertura da colheita da soja – safra 2020, no município de Capixaba Foto: Diego Gurgel/Secom

O evento contou ainda com a participação da primeira-dama, Ana Paula Cameli; do secretário de Assuntos Estratégicos, Thiago Caetano; do secretário de Infraestrutura, Ítalo César; da secretária de Planejamento e Gestão, Maria Alice Araújo; do diretor-presidente da Emater-AC, Tião Bocalom; do senador Sérgio Petecão; da deputada federal Vanda Milani; do deputado estadual José Bestene; do deputado estadual Cadmiel Bonfim; do deputado estadual Luiz Gonzaga; do deputado estadual Fagner Calegário; do deputado estadual Antônio Pedro; do prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros; do prefeito de Acrelândia, Ederaldo Caetano; do prefeito de Senador Guiomard, André Maia; demais autoridades e produtores rurais.

Jorge Moura: “o Acre é o melhor lugar do Brasil para o agronegócio”.

No fim de 2018 e ciente do futuro promissor do estado, Jorge Moura decidiu plantar 500 hectares de soja. Com o sucesso da colheita 2019, o empresário expandiu a lavoura para 2,1 mil hectares da oleaginosa. O crescimento da produção exigiu a contratação de mais mão de obra. Atualmente, a propriedade conta com 40 funcionários. O quantitativo é 70% maior em comparação ao ano passado. A folha mensal de pagamento saltou de R$ 25 mil para R$ 90 mil. Indiretamente, outros empregos também foram gerados.

“A cadeia econômica da soja é muito grande. Ganha o borracheiro, o eletricista, o mecânico, o caminhoneiro que transporta soja e os próprios empresários. Todos os estados que produzem soja e outras culturas são os que têm a economia mais equilibrada no nosso país”, declarou.

Jorge Moura é o maior produtor de soja no Acre Foto: Diego Gurgel/Secom

Assim como no ano anterior, toda produção já está vendida para o mercado chinês. De Capixaba, o grão segue para o porto de Porto Velho(RO) e atravessa o mundo até chegar ao continente asiático. Visionário, Moura quer encurtar essa distância. Com seus campos de soja localizados estrategicamente às margens da estrada do Pacífico, o objetivo é exportar o produto por meio dos portos peruanos. Desta forma, a estimativa é que o tempo de transporte seja diminuído em, pelo menos, dez dias. A iniciativa conta com o apoio do Estado, que vislumbra uma nova rota do progresso por meio do intercâmbio comercial com o país vizinho.

Um dos campos de soja localizados na propriedade de Jorge Moura Foto: Neto Lucena/Secom

Jorge Moura tem certeza que o Acre é o melhor estado brasileiro para o agronegócio. O produtor rural cita o solo plano de excelente qualidade e as chuvas em abundância na região como os principais fatores para o impulsionamento do setor agrícola. Aliado a isso, ele ainda parabenizou a nova política de desenvolvimento econômico e social adotada pelo governo Gladson Cameli.

Soja produzida na fazenda de Jorge Moura em 2020 já está vendida para o mercado chinês Foto: Diego Gurgel/Secom

“Eu estou acreditando muito neste novo momento. Nós não somos mais perseguidos por aqueles órgãos que só procuram atrapalhar quem produz. Agora, com o novo governo dando total apoio para o agronegócio é só alegria. Tenho certeza que isso vai ajudar, e muito, a acabar com o desemprego no estado”, salientou.

Otimista, Moura revela que já investiu mais de R$ 3 milhões na compra de máquinas pesadas e tem como principal meta fazer o plantio de 10 mil hectares de soja nos próximos anos.

Nova política agrícola do governo retoma confiança do produtor rural

Raiolando Costa é um dos pioneiros no plantio de soja no Acre. Os primeiros experimentos ocorreram há 20 anos. Porém, o sojicultor sempre esbarrava na burocracia exagerada por parte dos órgãos de controle ambiental.

“O governo passado travava o investimento e não consigo entender porque eles nunca quiseram soja no Acre. Éramos perseguidos e sofremos muito com isso até o fim de 2018. Na minha área, eu nunca plantei mais que 43 hectares, pois era o valor que eu tinha de licença para plantio. Depois que este novo governo entrou, todos nós estamos plantando aquilo que o Acre precisa realmente produzir. Eu só acredito no desenvolvimento do estado por meio da produção”, disse.

Raiolando Costa está otimista com a nova política agrícola adotada pelo governo acreano Foto: Diego Gurgel/Secom

Com a mudança de governo, o empresário retomou a confiança e pôs em prática o potencial agrícola de suas propriedades. Em uma delas, Raiolando iniciou a colheita de 800 hectares do grão. Segundo ele, a safra está sendo marcada pela alta produtividade. Por cada hectare, estão sendo colhidas 70 sacas. Cada saco tem capacidade de armazenamento de 60 quilos de soja.

“Não há lugar no mundo onde se planta soja que não tenha desenvolvimento. O maior exemplo vem das cidades do Mato Grosso que cresceram muito após a chegada da soja. A soja arrecada muito imposto, gera muita riqueza, movimenta a economia e contribui muito para a geração de empregos”, observou.

Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, o sucesso da implementação de novas culturas agrícolas é uma questão de tempo. Ele citou ainda a elaboração de ações voltadas ao setor e empenho do governo como decisivos para o fortalecimento da produção rural.

Fortalecimento da cadeia produtiva da soja e demais culturas agrícolas é tratada com prioridade pela atual gestão estadual Foto: Neto Lucena/Secom

“A soja chegando ao Acre e com a possibilidade de expansão aqui, nesta região onde nós estamos, certamente nós teremos um avanço muito grande no estado. Saímos da monocultura da pecuária para diversificar a produção. Sabemos que não é algo simples e não conseguiremos mudar a realidade do dia para a noite. Precisamos de políticas públicas adequadas que apoiem o produtor rural, especialmente na parte de conservação de ramais, maquinário, armazenagem e secadores porque sem isso ninguém consegue produzir. O atual governo do Estado está sintonizado com todas estas questões e este evento ajuda a comprovar isso”, falou.

A soja

A maior parte da soja produzida no mundo é destinada basicamente para suprir duas grandes demandas que não param de crescer. A primeira delas é a ração animal. Com o aumento do consumo de carne, aproximadamente 80% da produção mundial de soja são destinadas para a alimentação bovina, suína e de aves. O grão, que é muito rico em proteínas, nutre e fortalece os animais.

Já outros 18% vão para a produção de óleo de soja, o tipo mais consumido no planeta (corresponde a 25% do mercado de óleos vegetais).

A soja é o grão mais demandado do mundo Foto: Diego Gurgel/Secom

Na última década, a área de cultivo mundial de soja mais que dobrou. Os maiores crescimentos foram registrados na América do Sul. Estados Unidos, Brasil e Argentina são os maiores produtores globais. Já a China e os países da Europa são os maiores importadores do grão.

Segundo a Agroconsult, empresa especializada em consultoria, a produção nacional deve bater 126,3 milhões de toneladas. Se a estimativa for alcançada, a safra de 2020 pode ficar marcada como a maior da história. Os estados de Mato Grosso, Goiás e Paraná lideram o ranking de produção entre os estados brasileiros.

 

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