ETE São Francisco está com obras avançadas

Até dezembro, a estação deve atender cerca de 30% da população de Rio Branco

eta_sao_francisco_foto_angela_peres_03.jpg
petronio_07.jpg

Diretor presidente do DEAS, Petrônio Antunes, acompanha andamento das obras na Estação de Tratamento de Esgoto (Fotos: Angela Peres/Secom)

Com parte de seu complexo já operando, a Estação de Tratamento de Esgoto São Francisco chega na reta final de suas obra e o Governo do Estado se prepara para entregar em dezembro deste ano os módulos 3 e 4 da unidade. Os dois primeiros módulos da estação já estão em plena operação. Atualmente, a estação tem a capacidade de atender 15% da população de Rio Branco, com os novos módulos passará para 30%, tratando o esgoto de 19 bairros da capital, onde vivem 65 mil pessoas.

A obra, que irá tratar principalmente o esgoto da bacia do igarapé do Parque da Maternidade, chegará a tratar 250 litros por segundo quando os módulos 3 e 4 estiverem em operação. Com investimento de R$ 8,6 milhões, a Estação de Tratamento de Esgoto São Francisco integra parte do Projeto de Aceleração do Crescimento, através de financiamento do Governo Federal e BNDES.

Petrônio Antunes, diretor presidente do Departamento de Águas e Saneamento (Deas), conta que esta é "a estação mais moderna da Região Norte", sendo um modelo bastante compacto comparado às outras estações que tratam a mesma quantidade de esgoto. Totalmente automatizada, conta no momento com 8 funcionários para opera-lá. Atualmente, uma equipe especializada com cerca de 30 homens realiza os detalhes finais dos dois módulos que serão entregues em dezembro.

A unidade utiliza tecnologia de ponta e o que há de mais sofisticado no setor, como o sistema biodisco, fazendo com que a água devolvida ao rio Acre alcance nível de limpeza maior que a do próprio manancial e com turbidez (um dos mais importantes indicadores de qualidade) menor que a média dos igarapés daquela bacia.

Como o esgoto é tratado?

seneamento_gleilson_miranda_13.jpg

Investimentos vão potencializar sistema de captação, reservação e abastecimento de água em todo Estado (Foto Gleilson Miranda/Secom)

O tratamento dos esgotos domésticos tem como objetivo remover o material sólido, reduzir a demanda bioquímica de oxigênio, exterminar microorganismos patogênicos e reduzir as substâncias químicas indesejáveis. Assim, diferente do processo de tratamento da água potável, todo o processo de tratamento do esgoto é biológico, durando cerca de dois dias.

Após chegar à estação, a chamada Etapa de Gradeamento, onde as sujeiras mais pesadas são removidas, o esgoto passa para as etapas de processos biológicos anaeróbico e aeróbico. No processo anaeróbico, o esgoto é fechado em tanques sem oxigênio, onde as bactérias presentes passarão a consumir os resíduos indesejados, tirando cerca de 60% dos poluentes.

Em seguida, o esgoto passa para a etapa aeróbica, indo para grandes tanques abertos onde outras bactérias irão retirar mais 30% da matéria orgânica. A partir desse momento o esgoto já está devidamente tratado e segue para a última etapa nos tanques decantadores, que vão reter o lodo. "É interessante notar que os tanques decantadores possuem peixes, o que serve até mesmo como um indicador biológico", conta Petrônio Antunes.

Após todo o tratamento, as águas são despejadas no igarapé próximo a estação que seguem limpas de encontro ao Rio Acre.

{xtypo_rounded2}NÚMEROS DA ETE

Área: 11.123,6 m²
Módulos atualmente em operação: 2 unidades
Capacidade atual de tratamento: 125 litros por segundo
População beneficiada: 65.000 habitantes {/xtypo_rounded2}

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter