Para assegurar equidade, inclusão e valorização da diversidade cultural, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), realizou na manhã desta quarta-feira, 2, um seminário voltado para mulheres negras e indígenas no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em Cruzeiro do Sul.
A iniciativa intenciona ampliar o diálogo sobre os direitos, desafios e protagonismo dessas mulheres na sociedade. Durante o evento, foi apresentada a Cartilha da Mulher, um importante instrumento informativo sobre os direitos femininos, que nesta edição foi adaptada para a língua indígena, garantindo acessibilidade e respeito à identidade cultural dos povos originários.

“Ser mulher negra no Brasil é resistir todos os dias. É enfrentar o racismo estrutural, o preconceito e a invisibilidade com coragem e sabedoria. Este seminário é um espaço de valorização, onde reafirmamos que nossas vozes importam, que nossa história tem força e que ocupamos, com orgulho, os espaços de decisão e protagonismo. Seguiremos lutando por respeito, dignidade e igualdade de oportunidades para todas nós”, declarou Edilamar Marques, nutricionista.

A secretária da Mulher, Márdia Elshawa, enfatizou que o seminário é um espaço de escuta e fortalecimento das políticas públicas para as minorias. “É fundamental reconhecermos as especificidades da população negra e indígena, promovendo ações afirmativas que garantam dignidade, respeito e representatividade. A presença dessas mulheres aqui reforça o quanto estamos avançando no diálogo e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou.

Representando o povo Katukina, Rosenilda Souza participou do encontro e também aproveitou a oportunidade para expor o artesanato indígena produzido por sua comunidade.
“Além de participar das palestras, trouxe nosso artesanato como forma de mostrar a força e a beleza da nossa cultura. Esses espaços nos fortalecem e nos conectam com outras mulheres que também enfrentam lutas diárias”, destacou.