Escola de Música e Ufac promovem ensaios coletivos de instrumentos de cordas friccionadas

“Um mais um é sempre mais que dois”. O verso da canção Sal da Terra, composta por Beto Guedes e Ronaldo Bastos, sintetiza a parceria institucional entre a Escola de Música do Acre (Emac) e o curso de Música da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.

Trata-se de um projeto de extensão que envolve alunos e professores das duas unidades de ensino, para ensaios coletivos com instrumentos de cordas friccionadas, isto é, que emitem som ao serem friccionadas, como ocorre com o violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo acústico.

Professora da Escola de Música do Acre, Nágila Batista é uma das tutoras do projeto de extensão. Foto: Rosi Sabóia/Escola de Música

As regências das atividades ficam por conta dos músicos Nágila Batista, licenciada em música pela Universidade Federal de Goiás (UFG), pós-graduada em Metodologia do Ensino de Artes no Centro Universitário Internacional (Uninter) e mestranda em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); e Leonardo Feichas, doutor em Artes Musicais pela Universidade Nova de Lisboa (UNL) e doutor em música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Um dos nossos objetivos é desmitificar o estudo de instrumentos eruditos de cordas como algo elitizado, de difícil acesso. Por isso, construímos essa parceria com a Ufac, para fomentar essa acessibilidade a toda comunidade, por meio de estudos, ensaios, apresentações e, consequentemente, a formação de uma camerata de cordas”, destaca Nágila Batista.

O músico Leonardo Feichas é o regente dos ensaios do coletivo de cordas friccionadas da Emac e Ufac. Foto: Rosi Sabóia/Escola de Música

Com a carga horária de quatro horas semanais, o projeto possui 15 componentes e os encontros são realizados todas as terças-feiras, das 18 às 21h na Escola de Música do Acre. No coletivo de cordas, desenvolvem-se as práticas dos instrumentos, aulas de teoria musical, apreciação de obras clássicas, educação postural, repertório com canções populares, folclóricas e eruditas.

“Também trabalhamos os aspectos interpessoais como disciplina, concentração, sociabilidade, coletividade e respeito. Ou seja, com todos esses mecanismos, é possível popularizar a música instrumental, ampliar o repertório do público escolar e acadêmico e aumentar a sensibilidade e o senso crítico da comunidade”, relata o docente Leonardo Feichas.

O coletivo de cordas friccionadas desenvolve suas atividades na Escola de Música do Acre, em Rio Branco Foto: Rosi Sabóia/Escola de Música

Quem aprova essas metodologias do projeto de extensão é o adolescente Nilo Lima, de 14 anos, morador do bairro Calafate. Com frequência assídua, ele se declara um apaixonado pela arte musical. “Faço questão de participar desse coletivo, pois a música complementa o meu dia, me tira da ociosidade e me traz novos desafios, como exemplo tocar violino, um instrumento que me cativou desde o momento que vi o professor Leonardo Feichas tocar. Ele é uma inspiração para mim”, disse o aluno.

Com olhares e ouvidos sempre atentos, o servidor público Paulo Alves Azevedo, de 51 anos, pai dos alunos João Pedro Azevedo e Paulo Asafe Azevedo, de 13 e 14 anos respectivamente, é uma figura ativa nos ensaios do coletivo. Chega cedo com seus meninos, ajuda na organização da sala e dialoga com os professores e outros pais que prestigiam o ensaio, além de fotografar e filmar seus filhos, levando ao pé da letra a frase popular: “Não basta ser pai, tem que participar”.

O servidor público Paulo Azevedo e os seus filhos João Pedro e Paulo Asafe nos violinos. Foto: Rosi Sabóia/Escola de Música

“Tenho muito orgulho de acompanhar cada passo do desenvolvimento musical dos meus filhos, pois a música está ampliando os conhecimentos deles. Com esse coletivo de cordas, além de eles já tocarem violão, agora estão aprendendo a tocar violino. Parabenizo a Emac e a Ufac pela iniciativa”, disse.

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