Governo

Em São Paulo, Gladson Cameli constrói ambiente de negócios com a China

Comunidade sino-brasileira recebeu o governador do Acre nas comemorações do Dia da Imigração Chinesa

O governador Gladson Cameli ressaltou a condição do Acre como “a melhor conexão do Brasil com os mercados asiáticos”, neste domingo, 18, nas comemorações do Dia da Imigração Chinesa para o Brasil, em São Paulo. Junto à maior comunidade chinesa no país, que inclui grandes empresários e o próprio governo chinês, Cameli agradeceu aos sino-brasileiros por “compartilharem do amor pelo Brasil e acreditarem em nossa união diplomática, o que reforça o ambiente de bons negócios”.

Governador Gladson Cameli ao lado do deputado Fausto Pinato (à esquerda) e com representantes da comunidade chinesa no Brasil, nas celebrações do Dia da Imigração Chinesa Foto: Divulgação

O convite ao governador foi feito pela Associação Chinesa do Brasil, que tem o apoio do Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina). Os eventos celebram mais de dois séculos de história de amizade entre China e Brasil e a iniciativa é do deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), que é presidente da Frente Parlamentar Brasil China, além de colega de partido de Cameli.

O Governo do Acre está focado no impulsionamento do agronegócio e, assim como os demais governos amazônicos, entende que a China pode ser o maior parceiro comercial para alavancar a economia local, já que a Estrada do Pacífico passa pelo Acre em direção aos portos do oceano de mesmo nome. O maior atrativo é a redução do tempo de viagem dos produtos brasileiros aos países asiáticos, em relação ao Atlântico, desde os portos do Sul e do Sudeste brasileiros.

Governador posa para a foto com menina em trajes típicos da China; atividades culturais e desportivas marcaram o Dia da Imigração Chinesa em São Paulo Foto: Divulgação

“O Acre do presente incentiva o investimento, desde o setor primário, passando pelo apoio aos que desejam produzir na agricultura e na pecuária. A Estrada do Pacífico, também conhecida como Rodovia Interoceânica, ligou o Brasil ao maior oceano do planeta. É uma estrada binacional que nos integra ao litoral sul do Peru, por meio do Acre”, explicou Cameli à comunidade.

Por isso, “este eixo de integração também objetiva construir uma infraestrutura de ferrovias e hidrovias que integre os sistemas de transporte do Brasil, do Peru e da Bolívia, com conexão até à infraestrutura portuária peruana no Pacífico. Isso permitirá a expansão do comércio destes países com a região da Ásia-Pacífico”, completou o governador.

Por três dias, a Associação Chinesa do Brasil promoveu uma série de atividades culturais e desportivas, como a exposição de fotografias sobre a chegada dos primeiros imigrantes chineses ao Brasil, em um dia 15 de agosto, e torneios de futebol entre representantes dos dois países.

Gladson Cameli entende que o momento é de estreitar os laços com a economia que mais cresce no planeta, como forma de obter o desenvolvimento econômico e regional com respeito ao Código Florestal Brasileiro e à biodiversidade.

Governador Gladson Cameli com crianças descendentes de chineses, antes de partida de futebol em comemorações ao Dia da Imigração Chinesa Foto: Divulgação

“Possuímos áreas disponíveis a serem adquiridas ou arrendadas dos produtores rurais, e o Estado está simplificando e facilitando a concessão das licenças ambientais, eliminando as dificuldades e barreiras para os que desejam somar-se ao nosso projeto de desenvolvimento e geração de empregos e renda”, ressaltou o chefe do Executivo acreano.

Um dos trunfos mencionados por Cameli é a Zona de Processamento de Exportações, a ZPE, localizada na BR-317, em Senador Guiomard, com área total de 130 hectares, dos quais 120 são destinados para instalação de indústrias de exportação com todo acesso a tratamentos tributário, cambiais e administrativos diferenciados.

O governador mencionou que foram investidos R$ 35 milhões em infraestrutura, na segurança e nos sistemas de videomonitoramento e de energia elétrica, sendo a primeira ZPE do Brasil a receber alfandegamento, em 2012. Da sua parte, a Associação Chinesa do Brasil vê com otimismo a possibilidade de o país instalar negócios em território acreano para dar suporte às suas importações do Brasil pelo Pacífico.