Costureiras se unem em trabalho voluntário para produzir materiais de proteção individual para hospitais

Desde a confirmação dos primeiros casos de coronavírus no Brasil, há três semanas, materiais de proteção individual usados por profissionais de saúde como máscaras, toucas e aventais se tornam cada vez mais escassos. A utilização desses itens impede a contaminação dos operadores em saúde que estão na linha de frente e precisam lidar diretamente com os casos de pessoas infectadas pelo vírus.

Grupo de costureiras de Cruzeiro do Sul começou a produzir máscaras diariamente, sem qualquer fim lucrativo Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Sabendo das dificuldades de acesso ao material e do risco enfrentado por esses profissionais, um grupo de costureiras, apoiado por entidades governamentais, não governamentais, malharias e empresários do município de Cruzeiro do Sul, começou a produzir diariamente, sem qualquer fim lucrativo, centenas desses materiais a serem distribuídos entre o Hospital Juruá, Maternidade e Unidades de Pronto Atendimento da região.

Máscaras serão distribuídas entre o Hospital Juruá, Maternidade e Unidades de Pronto Atendimento da região Foto: Marcos Vicentti/Secom.

 

“Ao todo temos dez costureiras que, mesmo trabalhando sem receber nada por isso, resolveram se unir e ajudar na confecção de materiais de proteção individual usados por profissionais de saúde. Com a doação de malharias e a ajuda de doações locais, já produzimos, só aqui na Fundação Betel, mais de 2 mil máscaras, toucas e aventais descartáveis a fim de ajudar os hospitais a suprir suas necessidades. É a hora de unirmos forças e somar”, disse a missionária Milca Santos, em um dos pontos de produção.

Dez costureiras se uniram para confeccionar materiais Foto: Marcos Vicentti/Secom.

A cada metro de TNT, nove máscaras de camada tripla são confeccionadas. Já que não tem o elemento filtrante devido a escassez do material, a orientação dos infectologistas é que as máscaras confeccionadas pelas costureiras tenham três camadas de TNT. A duração para utilização é de no máximo 4 horas.

“Foi um trabalho que começou do zero, chamei umas amigas e com o próprio material da malharia nós resolvemos ajudar. Aqui começamos há uma semana, já produzimos também 2 mil unidades de cada material e pretendemos essa semana fechar mais 4 mil. Além dos hospitais, quem passa aqui na rua pedindo máscara a gente também ajuda, é um trabalho voluntário”, explicou Euliene Souza, proprietária da malharia.

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