Comunidade da Baixada é um exemplo de união

 Instrutor do curso de cabeleireiro, Weliton Soares (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Instrutor do curso de cabeleireiro, Weliton Soares (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Segundo o dito popular, a união faz a força. Foi o que inspirou a comunidade do bairro João Eduardo II, que em meio às dificuldades dos moradores criou a Associação do Grupo da Unidos da Baixada, para atender as necessidades da população.

Sensibilizada pela dedicação do povo em ajudar o próximo, a prefeitura de Rio Branco, em parceria com o governo do Estado, realiza a reforma da Praça Habitat Brasil e a implantação de galerias e asfalto nas ruas para melhorar as condições de vida dos moradores.

A prefeitura de Rio Brando realizará uma reforma na Praça Habitat Brasil com um campo de grama sintética, além de reparos no playground (espaço com balanços, gangorras e outros brinquedos destinados às crianças) e também uma nova pintura.

Já o governo do Estado está  asfaltando mais de 700 metros de ruas e calçadas, e o mais importante que é o fechamento de um bueiro que permanecia a céu aberto, sendo um dos transtornos maiores que a comunidade enfrentava, pois causava muitos acidentes além do odor desagradável.

Presidente da associação da Associação do Grupo da Unidos da Baixada, Janete Patrícia (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Presidente da associação da Associação do Grupo da Unidos da Baixada, Janete Patrícia (Foto: Sérgio Vale/Secom)

No primeiro mandato do ex-prefeito Jorge Viana, foi criada a Praça Habitat Brasil, que possui uma quadra de areia para a prática de esportes, e ao decorrer dos anos passou por pequenas reformas. Mas a população entendeu que faltava algo a mais, foi então que um grupo de moradores resolveu criar a Associação do Grupo da Unidos da Baixada.

A presidente da Associação do Grupo da Unidos da Baixada, Janete Patrícia, enfatiza o apoio que o prefeito Marcus Alexandre e o governador, Tião Viana, faz para atender a comunidade. “Sempre que solicitamos um benefício para comunidade eles nos atendem, agora agradeço pelas conquistas que tivemos e tenho orgulho de dizer que, com o apoio dos nossos governantes, a população está com expectativa de vida melhor, a nossa querida praça passará por uma revitalização e nossas ruas estão saindo do barro para o asfalto”, completo.

Como tudo começou

Moradora do bairro, Carolina Souza (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Moradora do bairro, Carolina Souza (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Nós percebemos que não adiantava só reclamar, pois víamos nossas crianças crescer aqui e quererem brincar. A pracinha é o único espaço que os jovens do bairro têm para o entretenimento, foi então que arregaçamos as mangas e fomos cuidar de nossa quadra de esportes e da praça também”, destaca, Janete Patrícia.

Patrícia conta que cada morador ajudou, ou seja, pessoas foram roçar o mato, que estava alto, enquanto outros sensibilizaram os moradores a participarem desse mutirão de limpeza. “Procuramos a Secretária de Obras Públicas, que nos ajudou com uma nova tela na quadra, além da reposição da areia.”

A partir daí foi realizado o primeiro campeonato de futebol de areia, com duração de quatro meses. do grupo Unidos da Baixada, que reuniu 46 times. “Depois desse sucesso vieram outros campeonatos, que ajudaram os jovens a terem um lazer e consequentemente se afastarem das drogas e da marginalidade”, destaca Janete Patrícia.

Dona de casa, Francisca Ivanilde, comenta de sonho e ser cabeleireira (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Dona de casa, Francisca Ivanilde, comenta de sonho e ser cabeleireira (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Para oferecer mais serviços e oportunidade para a comunidade, os moradores criaram a Associação do Grupo da Unidos da Baixada (Agub), que tem por objetivo desenvolver um trabalho social, esportivo, educativo e profissionalizante. Hoje, a associação atende mais de 1.600 pessoas com o apoio do Instituto Dom Moacyr, que disponibiliza professores para realizar cursos de corte e costura, pedreiro, pintor, roçador de quintal, cabeleireiro, manicure e pedicure.

Convivendo em harmonia

“Todo esse trabalho é feito com muito amor, carinho e ajuda de cada um, para que a grande protagonista, a comunidade, tenha uma convivência pacífica, na qual todos possam ter orgulho não só de seu Estado ou cidade, mas também do bairro em que mora”, enaltece de forma alegre uma das moradoras do bairro, Carolina Souza.

Carolina diz ainda que já fez um dos cursos oferecidos pela associação e hoje está passando por mais um, o de cabelereira. “União como essa é difícil entre moradores e raro por aí. Gosto muito do bairro em que moro, e fico feliz com esses benefícios que são ofertados para comunidade e os que estão por vir. Não troco essa moradia por outra”, finaliza.

Para a dona de casa Francisca Ivanilde, esse é um sonho que ela está realizando. “Faço um curso de cabelereiro aqui na associação. Esse era um grande sonho que estou realizando. Sempre tive vontade de ser uma profissional da beleza. Agradeço a dona Janete, e todos que estão envolvidos, para nos proporcionar uma nova oportunidade”, comenta.

Mudanças com qualidade

O Catador de garrafas pets, Sebastião Batista, se lembra de como era antes da comunidade se mobilizar (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O Catador de garrafas pets, Sebastião Batista, se lembra de como era antes da comunidade se mobilizar (Foto: Sérgio Vale/Secom)

De acordo com o instrutor do curso de cabelereiro e ex-morador da comunidade Weliton Soares, o povo estava precisando desse olhar diferenciado tanto do poder público quanto da própria população que reside aqui.

“Esse é o exemplo de população que convive de forma pacífica. Todos são unidos e vivem em prol de ajudar uns aos outros. Aqui aprendi o verdadeiro sentido de ser solidário com o próximo”, ressalta Weliton.

O catador de garrafas descartáveis Sebastião Batista, 64, lembra-se de como era antes de a comunidade se mobilizar. “Moro há mais de 10 anos aqui e antes era só mato, muito utilizado pelos usuários de drogas. Era um perigo para as crianças ou até mesmo um adulto andar por aqui durante a noite ou ao entardecer, mas parabenizo essas pessoas, que conseguiram fazer com que o prefeito da época fizesse essa quadra de esporte, que é nosso grande orgulho”, diz.

Batista diz que a associação ajudou ainda mais os moradores. “Homens e mulheres estão hoje conseguindo ter uma profissão por intermédio desses cursos. Os campeonatos de futebol são uma forma de confraternizar e animar ainda mais essa população guerreira e de fibra que não desanima”, completa.

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