Artesanato indígena é apresentado no estande do Instituto de Mudanças Climáticas

O artesanato indígena está chamando a atenção dos visitantes que passeiam pelo Espaço AgroFlorestal, onde está instalado o estande do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) na Expoacre.

Os artefatos de madeira em exposição são resultados do projeto da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaaiac), por meio da secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e do IMC.

O projeto envolve jovens de cinco localidades: Kaxinawa Seringal Independência, Baixo e Alto Jordão, Kaxinawa da Praia do Carapanã e os Arara Shawãndawa. Segundo a líder indígena e chefe de departamento do IMC, Francisca Arara, 145 jovens participaram da primeira fase do curso. “A ideia é trabalhar o reaproveitamento de madeira caída na floresta. Nós não derrubamos nada, apenas usamos o que a natureza nos disponibiliza”, enfatiza.

“Cada peça dessa é um personagem, tem uma história dos povos Shawãndawa e Huni-Kuin. Tem a história da arara encantada que é de uma mulher que queria andar com as outras mas o homem não deixava por ser muito ciumento e um dia essa mulher criou asas.

A tartaruga é o animal que ajuda a deixar “os pés no chão” para que as coisas terrenas tenham a devida atenção Foto: Marcos Vicentti/Secom

Tem uma peça no estande que mostra dois homens carregando algo. Esse algo é o mundo, pois estamos sempre responsáveis por algo nessa mundo. Então temos toda a nossa mitologia e cultura envolvida na produção artesanal de cada peça”, explica Francisca.

O visitante vê a peça de um homem carregando o mundo, segundo a mitologia indígena. É uma exemplificação dos problemas e responsabilidades que cada um carrega em suas vidas Foto: Marcos Vicentti/Secom

De acordo com o presidente do IMC, Carlito Cavalcanti, mostrar esses produtos que vêm da floresta é uma das missões do Instituto. “Tudo o que envolve o meio ambiente, valoriza ativos ambientais, agrega valores aos produtos das florestas e fomenta uma economia participativa, precisa ser mostrado para que a população local conheça e valorize Por isso fizemos questão de trazer esse artesanato ao nosso estande”, destacou Carlito.

A atividade de difusão sobre o Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais, SISA, na Expoacre é realizada por meio do Projeto SISA+, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Earth Innovation Institute (EII), e no âmbito do Programa REM Acre fase 2 (REDD+ Para Pioneiros), do Banco KfW e Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS).

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