Com festa caipira, dança animada e comidas típicas, o arraial do Centro Socioeducativo Aquiry, que contou com a participação de algumas meninas do Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães, transformou a rotina dos adolescentes privados de liberdade nesta quinta-feira, 25.
A quadrilha junina reuniu não só os adolescentes, como também professores, agentes socioeducativos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e demais servidores. O principal objetivo, segundo o diretor da unidade, Wilkerson Avilar, foi promover a interação de todos. “Enfatizamos a valorização da cultura. Eles passaram aproximadamente uma semana estudando o assunto e se preparando para esse momento”, explica.
Para o socioeducando Mateus (nome fictício), 17, participar do arraial o fez lembrar-se de casa. Ele conta que sempre admirou as festas juninas e que não esperava continuar nutrindo esse sentimento dentro de uma unidade socioeducativa. “Pensei que aqui a gente ia ficar só preso, mas não. Sempre tem atividade e esse arraial me faz ter a sensação de liberdade”.
O presidente do Instituto Socioeducativo (ISE), Henrique Corinto, parabenizou o desempenho de todos os envolvidos no evento. “O arraial em si parece algo simples, mas o resultado que essas atividades maximizadas proporcionam é surpreendente. O adolescente percebe ali que há muitas coisas interessantes na vida. Alguns até despertam certos dons. Nossa equipe já percebeu isso e trabalha de uma forma eficaz para buscar a verdadeira socioeducação”, afirma.
Na oportunidade, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, realizou uma visita padrão para avaliar a situação dos socioeducandos. Ao se deparar com as festividades, o gestor se surpreendeu com o nível das atividades culturais desenvolvidas naquele centro. “É muito bom chegar aqui e ver esse momento da vida comum e de confraternização entre eles. Isso, inclusive, é algo que cobramos também do sistema penitenciário e ver que já é realizado neste local é motivo de orgulho para toda a equipe”, declara.