Agentes da Economia Solidária discutem comércio justo

Encontro é primeiro curso de formação das equipes que irão atuar no Programa Estadual de Economia Solidária

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Curso vai formar equipes para compor Programa Estadual de Economia Solidária. Foto: Angela Peres/Secom

O que é um comércio justo? O que fazer com a elevada carga tributária, que beneficia apenas o sistema capitalista? Como chegar numa situação mais justa de comércio para os pequenos empreendedores? Estas indagações e mais algumas dúvidas estão em debate no auditório da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) por agentes envolvidos com a economia solidária.

Participam do encontro representantes da organização não-governamental Instituto Kairós, ligada ao Faces do Brasil, uma referência nacional na temática. Segundo Danuza Lemos, coordenadora do Programa de Economia Solidária do Estado, o encontro é o início do processo de formação das equipes que vão trabalhar no programa estadual de economia solidária, que será lançado em setembro mas está em construção desde o ano passado pela Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia.

“Este é o primeiro de uma série de cursos que se estenderão até o final de setembro, sempre com o tema comércio justo e solidário, discutindo o sistema nacional de comércio justo, que se diferencia do sistema capitalista ao abordar formas diferentes de produção, comércio e consumo. O objetivo é trabalhar formas mais justas de comercialização, sem objetivar o lucro acima de tudo, sem a exploração do trabalhador”, comentou Danuza.

Segundo Renata Pistelli, do Instituto Kairós, que trabalha com a educação para o consumo consciente, o comércio justo tem que enfrentar vários desafios para se realizar, mas a sociedade, o governo e os empreendedores têm que ter a iniciativa de construir este modelo.

“Encontros como este fortalecem o grupo que está envolvido e o movimento social. Vamos discutir propostas para colocar em pautas novas relações comerciais se diferenciam do modelo tradicional. No comércio tradicional há uma série de intermediários no meio da cadeia que não proporcionam um comércio com justiça para o produtor e para o consumidor. O consumo é um ato político. Neste ato você pode escolher se quer beneficiar uma cadeia exploratória ou a transformação social”, disse Pistelli.

O Programa Estadual de Economia Solidária é uma das prioridades do governo Binho Marques e é desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Rio Branco, Sebrae, Unitrabalho/Ufac, Reaja, Talher, entre outros.

{xtypo_rounded2}O que é o Comércio Justo

Comércio Justo é uma alternativa para comercialização de produtos com dificuldade de inserção no mercado convencional. Segundo a definição da International Federation of Alternative Trade (IFAT), comércio justo consiste em uma parceria comercial baseada em diálogo, transparência e respeito, que busca maior eqüidade no comércio internacional. Ele contribui para o desenvolvimento sustentável através do oferecimento a produtores marginalizados de melhores condições de troca e maiores garantias de seus direitos.

Surgido nos anos 60, o Comércio Justo é um movimento internacional que procura gerar benefícios ao produtor. Entre os segmentos que encontram mais oportunidades no Comércio Justo, destacam-se produtos do agronegócio, artesanato e confecções, de comunidades, associações e cooperativas dos meios rural e urbano.{/xtypo_rounded2}

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