Acre busca tecnologia para otimizar e reduzir custos do sistema de gestão hospitalar

Uma meta antiga está mais próxima de tornar-se realidade: a aquisição de um sistema para integrar as unidades de saúde de todo o estado vem sendo pesquisada e discutida pelos funcionários do setor de tecnologia da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre). O sistema de gestão hospitalar possibilita aos hospitais e unidades de pronto atendimento comunicação afinada e precisa sobre informações e despachos de remédios dos pacientes.

O processo de pesquisa dessa ferramenta teve início no começo de junho, com a busca de um sistema de prontuário eletrônico, no qual o controle começa desde a entrada do paciente na unidade até uma possível internação e, também, a comunicação entre essas unidades e celeridade no processo.

A equipe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação da Sesacre, composta por Paulo Cavalcante, Rafael Castro e Suzane Ferreira, esteve na semana passada no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, para conhecer e ver de perto a funcionalidade da ferramenta desenvolvida pelo próprio instituto, já consolidada há 17 anos, conhecida como SI³.

“Vamos continuar prospectando a melhor ferramenta para o sistema que a Sesacre vai implantar. Em breve conheceremos os sistemas do Paraná e do Rio Grande do Sul. O que está decidido de antemão é que optaremos pelo melhor sistema, que será cedido à Sesacre gratuitamente”, afirmou Paulo Cavalcante.

Foto: Odair Leal/Sesacre

Suzane Ferreira explicou que o intuito não era apenas conhecer a ferramenta, mas, principalmente, conhecer o fluxo interno dela. “Visitamos cada setor, desde o ambulatório até o almoxarifado. Conseguimos alcançar o objetivo, que era conhecer a funcionalidade e saber se a ferramenta se adequaria à nossa demanda”.

Conhecendo a ferramenta in loco, a equipe adquiriu bagagem para saber os caminhos e quais as necessidades em relação a adequação das unidades para receber um sistema de gestão hospitalar. A pesquisa por algo capaz de facilitar a demanda da saúde no Estado não parou por aí. Em Brasília, a equipe também visitou o Hospital Regional Asa Norte (Hran) para conhecer o trakcare, e o Hospital São Francisco, que utiliza o sistema Tazy.

“A nossa viagem se resumiu a essas três agendas. Nessas três unidades específicas pudemos ter o conhecimento na prática de como funciona esse sistema. Pudemos ainda conversar com os usuários e ouvir o que eles têm a dizer sobre essa ferramenta, pois uma coisa é você vender um produto, e outra é saber a opinião de quem o utiliza. Isso é o mais importante para a gente”, destacou Suzane Ferreira.

Segundo Paulo Cavalcante, os pacientes poderão ter os prontuários acessados pelos médicos em qualquer unidade do estado. “Se tal paciente de outro município precisar de atendimento em Rio Branco, por exemplo, e ele tiver alergia a determinado remédio, isso constará no prontuário dele, que poderá ser acessado de qualquer unidade, por qualquer outro médico”, explicou.

Prontuários e exames de imagens feitos em determinada unidade de saúde poderão ser acessados por outra, diminuindo os gastos e dando celeridade ao processo, pois médico e paciente não precisarão mais esperar o exame físico.

“O sistema que estamos buscando visa a possibilidade de o médico ter o resultado do exame de imagem logo após ser feito. Isso, de certa forma, diminuirá o gasto com o diagnóstico por imagem porque você não vai precisar imprimir todos esses exames. Então, se você fez um raio-x no Huerb e for transferido para uma UPA, não precisará refazer os exames”, explicou Suzane.

Um sistema completamente informatizado reduzirá em cerca de 80% os gastos com impressão que chega a ser de 100 mil reais por mês na atualidade. Segundo Paulo Cavalcante, essa também é uma oportunidade de ter um controle sobre os gastos de materiais e remédios.

“Com essa ferramenta a gente tem um controle do almoxarifado e farmácia. Não tem mais como sumir, ou deixar algum material ou remédio vencer, pois tudo será registrado no sistema. O medicamento que sair do almoxarifado terá de chegar até o paciente, e esse controle será feito. É uma economia muito grande para a saúde do Estado”, destacou Cavalcante.

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