A evolução das políticas públicas acreanas que valorizam a floresta em pé e suas populações foi destaque no evento que reuniu representantes de seis Estados brasileiros e de países como Estados Unidos, Alemanha, Chile, México, Etiópia e outros. O evento de troca de experiências entre especialistas em Redução – jurisdicional – de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) foi realizado entre os dias 13 e 15, em Manaus (AM).
O posicionamento do Acre como pioneiro em criação da legislação de serviços ambientais foi creditado a mudança de perfil das políticas públicas, que há mais de 12 anos passaram a fomentar a produção sustentável, em busca de expandir a qualidade de vida das populações da floresta e do campo.
Iniciativas como o subsídio à borracha nativa, criado em 1999, e o Programa de Certificação da Propriedade Rural Sustentável, iniciado em 2010, são exemplos dessa evolução constante. O ponto alto é justamente o Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais, que promoverá uma repartição de benefícios entre os atores que efetivamente recuperam e conservam as florestas e áreas de uso, promovendo assim os serviços ambientais.
A chefe do departamento de normatização do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais, Monica De Los Rios, ressalta que há um grande esforço do governo para conciliar o avanço da produção com a conservação ambiental.
“Em âmbito jurisdicional – que pode ser uma nação, um Estado, uma província, um município etc. – a redução de emissões é um esforço ainda maior, por se sustentar na mudança dos modelos de desenvolvimento econômico e não apenas em projetos de conservação”, reforçou De Los Rios.
O evento foi organizado pelo selo de verificação de Carbono VCS em inglês (Verified Carbon Standard), que estabelece um padrão internacional e tem desenvolvido os critérios e requerimentos para programas e políticas jurisdicionais de redução de emissões, em parceria com a ONG brasileira Idesam.