A crise só existe para quem deseja se manter nela

É comum ouvir as pessoas falando em crise, em como o Brasil e seus estados estão enfrentando a crise. Mas qual é de fato a crise? Crises podem ser momentos para o fracasso ou oportunidades para um recomeço e ascensão. Elas envolvem situações complicadas e de escassez, o que pode levar os indivíduos a tomar decisões precipitadas ou mesmo a ficar paralisados diante da situação.

E o que esperar de nossos governantes diante das crises? É claro que como eleitores e sociedade representada, queremos sempre que eles se empenhem no gerenciamento de tais situações, pois crises econômicas refletem diretamente nas vidas de cada um de nós. Assim começou o governo de Gladson Cameli, em 1º de janeiro de 2019. Finanças em crise e salários atrasados. O esforço na recuperação econômica precisaria ser grande.

Mas a crise só existe para quem deseja se manter nela. Ainda em fevereiro, em ocasião da abertura dos trabalhos legislativos da Câmara de Vereadores de Rio Branco, durante mensagem governamental, Gladson pedia a união entre os poderes contra a crise financeira do Estado. Esse era apenas um dos primeiros momentos de um governo que decidiu não estacionar perante a crise.

E não estacionou. Ao longo do ano de 2019, esforços foram feitos, investimentos realizados e recursos liberados. Desde os destinados para a recuperação de ramais, por meio do Programa Ramais do Acre, passando pela garantia da aquisição de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, para a continuidade às obras de edificação e reforma de Centros de Educação Profissional e Tecnológica, até a recente disponibilização de mais de R$ 23 milhões em recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

O que dizer, então, da carreata histórica na chegada das novas 127 viaturas adquiridas para o reforço no enfrentamento à criminalidade? Como disse o próprio governador, essa foi uma forma de prestar contas à sociedade dos investimentos realizados na área da segurança pública, uma das principais prioridades do mandato. A aquisição dos automóveis representou um total de mais de R$ 14 milhões em investimentos.

Com a Reforma Administrativa e o enxugamento da máquina pública, a nova administração se comprometeu para que cada centavo economizado fosse direcionado para mais investimentos em obras de infraestrutura e no fortalecimento de setores importantes como saúde e segurança. Assim, o número de secretarias reduziu para 14 o total de 23 existentes na gestão anterior, além de diminuir o número de servidores comissionados e de funções gratificadas, o que permitiu a economia de R$ 100 milhões ao longo do ano.

Os servidores públicos não ficaram de fora. A valorização já era um tema abordado nas primeiras falas do governador, ainda no mês de janeiro. Salários em dia (às vezes até antecipados) e garantia do recebimento do décimo terceiro, deixado pendente pela gestão anterior, por meio de um cronograma que foi seguido à risca, “sem recuar, sem cair, sem temer”.

Este último, garantiu destaque a Cameli na Folha de São Paulo, por ser um dos poucos governadores a quitar dívidas da gestão anterior. Alie-se a isso, a antecipação de 50% do décimo terceiro salário de 2019, que foi pago no mês de julho, um investimento de R$ 90 milhões na folha de pagamento.

Também se investiu na contratação de quase oito mil servidores efetivos e temporários para atuação nas secretarias de Saúde, Educação, Esporte e Cultura, no Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa), nas polícias Civil e Militar e no Corpo de Bombeiros do Acre. E não apenas se contrata, também capacita. Mais de 1.300 servidores foram capacitados, o que demonstra o compromisso com a qualidade nos serviços prestados à sociedade.

Mas alguns podem não ter gostado de todos esses avanços e até ter dito: “Eu quero que esse governador vá à China”. Melhor não dizer isso para Gladson Cameli, pois ele vai mesmo. Foi e completou o primeiro ciclo de um acordo comercial que poderá resultar na injeção de R$ 1 bilhão em infraestrutura e logística, para exportação e importação entre o Brasil e a China, via Oceano Pacífico. Cerca de 40 empresários chineses demonstram interesse em investir no estado, o que poderá possibilitar a geração de até 20 mil empregos diretos na Zona de Processamento de Exportações, a ZPE, em Senador Guiomard.

Tudo isso é apenas um pouco do que foi realizado em meio à crise que tanto se fala. Tantos outros feitos aconteceram ao longo desse primeiro ano de gestão. Mais uma prova de que crise só existe para quem quer permanecer nela. Que o governo do Acre possa continuar assim, invencível e grande na guerra, romper as barreiras e superar os limites, com visão de futuro, um governo de todos e para todos.